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UGT diz que corte nos subsídios é "ataque ao bolso dos mais pobres"

24 out, 2012

João Proença anunciou ainda que a central sindical decidiu pedir uma reunião ao Presidente da República para exigir a fiscalização prévia da constitucionalidade do Orçamento do Estado para 2013.

UGT diz que corte nos subsídios é "ataque ao bolso dos mais pobres"
A UGT está contra a anunciada redução dos apoios sociais. A central sindical vai reunir-se ao final da tarde com o ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, para discutir a proposta do Governo, que aponta cortes em várias prestações sociais, nomeadamente o subsídio de desemprego. João Proença, o secretário-geral da UGT, fala num ataque aos mais pobres.

“Achamos lamentável que o Governo, depois do ataque fiscal que faz aos portugueses, ainda se permite a querer fazer um ataque brutal, por via de um decreto de lei, ao bolso dos mais pobres, na área do subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego, completamente solidário para idosos e outras prestações”, criticou o secretário-geral da UGT.

João Proença garante que a UGT está “contra” e espera que “essas medidas venham a ser alteradas”, o que no limite poderá acontecer dado que o ministro Pedro Mota Soares manifestou disponibilidade para rever a proposta enviada ontem aos parceiros sociais.

A UGT acusa ainda o Governo de estar de “cabeça perdida”, porque este é “um Orçamento que vai ter um efeito devastador em termos de consumo interno e, consequentemente, vai contribuir para a falência de muitas empresas, muitos despedimentos, muito aumento do desemprego”.

Por isso, João Proença anunciou que a central sindical decidiu pedir uma reunião ao Presidente da República para exigir a fiscalização prévia da constitucionalidade do Orçamento do Estado para 2013.

“Vamo-nos bater contra este Orçamento, vamos pedir uma reunião ao senhor Presidente da República, vamos pedir a fiscalização preventiva do Orçamento, vamos tentar que sejam introduzidas alterações”, garantiu.

Em conferência de imprensa, o secretário-geral da UGT acusa ainda o Governo de ter uma agenda oculta com a “troika” e revelou que a central sindical já tem reuniões marcadas para a próxima segunda-feira com os grupos parlamentares do CDS, do PSD e do PS.