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Nove famílias obrigadas a deixar prédio em risco de ruir

19 nov, 2012

Câmara de Vila Franca de Xira vai proceder ao despejo "o mais rapidamente possível", depois de uma nova avaliação do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

A câmara de Vila Franca de Xira vai executar o despejo das nove famílias que moram um prédio em risco de ruir, por estar em causa a segurança de pessoas e bens.
 
Os moradores do lote 1, do Bloco B, da encosta do Monte Gordo, deviam ter saído do edifício até ao meio dia desta segunda-feira, mas interpuseram, na semana passada, uma providência cautelar que foi aceite pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, decisão que suspendeu provisoriamente a medida. 
 
"Face à gravidade da situação, confirmada pelo relatório do LNEC emitido hoje, a Câmara Municipal deliberou, por unanimidade, que a não execução daquela deliberação [o despejo dos moradores] seria gravemente prejudicial para o interesse público, por estar em causa a segurança de pessoas e bens, pelo que, a câmara irá executá-la", indica a autarquia, em comunicado.

Contudo, a autarquia liderada por Maria da Luz Rosinha (PS) não adianta na nota quando é que vai executar o despejo, nem diz para onde é que vão as nove famílias, esclarecendo apenas que o município vai agir legal e administrativamente para que o despejo se faça "o mais rapidamente possível". 

Fonte ligada ao processo adiantou à agência Lusa que o último relatório entregue esta segunda-feira pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), e que fundamenta a decisão do município, é resultado de uma nova avaliação feita pela entidade pública na semana passada ao prédio, a qual comprova o agravamento das condições do mesmo de "forma preocupante". 
 
Uma auditoria do LNEC, a que a agência Lusa teve acesso no domingo, imputa responsabilidades à câmara municipal, ao empreiteiro e ao projectista nos processos de licenciamento e construção do prédio.