Selecção Nacional

Villas-Boas e as "declarações fortes" entre Bento e Pinto da Costa

25 mar, 2013

O tema da utilização de João Moutinho no empate da Selecção Nacional com Israel (3-3) foi o pretexto para acesa troca de palavras entre o seleccionador e o presidente do FC Porto. Treinador do Tottenham lamenta falha de "comunicação clara" entre Federação e clubes.

Villas-Boas e as "declarações fortes" entre Bento e Pinto da Costa

André Villas-Boas gostaria de ver a mais recente troca de palavras entre Paulo Bento e Pinto da Costa sanada "por uma comunicação mais clara" entre Federação e clubes.

O tema da utilização de João Moutinho no empate da Selecção Nacional com Israel (3-3) foi o pretexto para acesas considerações. Na visão do treinador do Tottenham, trata-se de uma discussão recorrente, mas que tem que terminar.

"São declarações fortes entre Federação e presidente de clube. Os clubes sentem-se sempre um pouco frustrados com a ida de jogadores. São situações que têm de ser resolvidas por uma comunicação mais clara", afirmou o ex-técnico do FC Porto, que esta noite foi distinguido na gala do centenário da AF Porto.

Já António Oliveira, antigo seleccionador nacional e ex-treinador do FC Porto, comenta de forma salomónica o choque entre Paulo Bento e Pinto da Costa.

"Ambos querem o melhor para os seus jogadores, para a selecção nacional. Pinto da Costa quer que as selecções tenham sucesso e que valoriza os seus activos. Vamos aceitar quer de um lado quer do outro a vontade que ambos têm de que tudo corra bem. O Paulo Bento tem uma função na Selecção Nacional e faz as declarações que entende por bem fazer. Interpreto-as como se estivesse a fazer o melhor possível em defesa do seu grupo. Se outras pessoas fazem uma leitura diferente, temos que respeitar", adiantou.

Villas-Boas e António Oliveira confiam no apuramento da Selecção
Ainda dentro do "dossier Selecção Nacional", André Villas-Boas não vê com preocupação acrescida os últimos resultados da equipa das quinas na fase de apuramento para o Mundial 2014.

"Espero que se qualifique. O patamar atingido desde o ano 2000 faz com que a exigência de marcar presença seja maior", atirou.

António Oliveira foi um pouco mais longe: "Ainda temos hipóteses de nos qualificarmos e se o fizermos, fazemo-lo da forma a que já estamos habituados, ou seja, a fazer contas com pontos e golos. Espero que Portugal se consiga qualificar para o Mundial. Seria um crime se não nos apurássemos para o Mundial do Brasil".