PS diz que não substituição de secretário de Estado é "inconcebível"

26 mar, 2013

Governo está “em decomposição”, afirma socialista Mota Andrade.

O PS considera que a saída do secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques, do Governo e a sua não substituição é "inconcebível" e "uma originalidade" que levanta interrogações sobre a necessidade do seu cargo. 
 
"Isto é inconcebível, é uma originalidade do Governo, que todos os dias nos surpreende, e tem a cobertura do primeiro-ministro, é próprio de um Governo em decomposição", criticou o vice-presidente da bancada socialista, Mota Andrade, em declarações aos jornalistas no Parlamento. 

Para o deputado do PS, a não substituição de Almeida Henriques "é de uma enorme gravidade, porque não se trata de um secretário de Estado qualquer". 
 
"Trata-se do secretário de Estado da Economia e que tem a tutela dos fundos comunitários, num momento aliás em que a nossa economia tantas dificuldades atravessa é inacreditável que isto possa suceder", afirmou. 

O deputado socialista recorda que Almeida Henriques tinha a tutela dos fundos comunitários e a responsabilidade "de fazer a negociação do próximo quadro comunitário a partir de 2014".
 
"O que os portugueses perguntarão se o secretário de Estado Almeida Henriques não necessita de ser substituído é o porquê de ter sido secretário de Estado dois anos e continuar mais um mês e meio", acrescentou Mota Andrade.

Almeida Henriques vai deixar o Governo para se candidatar à Câmara de Viseu, mantendo-se em funções até dia 15 de Maio, a pedido do primeiro-ministro Pedro Passo Coelho "para terminar dossiês". 
 
Numa nota, o primeiro-ministro disse que proporá oportunamente ao Presidente da República a exoneração de Almeida Henriques do cargo de secretário de Estado e que não o substituirá.