“Próximo Futuro” olha para África

10 mai, 2013 • Maria João Costa

Iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian começa a 21 de Junho.

“Rumo a África, ao sul do continente africano”. É para aí que se dirige o olhar da programação da Fundação Calouste Gulbenkian a partir de Junho.

Depois de no ano passado a "Primavera Árabe" ter estado em destaque, a programação do "Próximo Futuro" regressa e vai trazer a Lisboa o que de mais recente se cria nos países do sul de África nas áreas da música, cinema, literatura e artes do palco.

Na geografia cultural desta iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian estão em destaque os artistas do sul de África. O intuito do programador é quebrar clichés sobre a arte africana.

António Pinto Ribeiro, que pensou os espectáculos, exposições, conferências e ciclo de cinema, sublinha o facto de haver neste sul de África uma nova geração nascida depois do Apartheid e em alguns casos sem memória de guerras civis. Artistas que têm um olhar novo sobre o mundo.

É do continente onde há 600 milhões de telemóveis, mas onde continua a ser difícil viajar entre países, que vem o sangue novo criativo para uma Europa estagnada.

Para conhecer a criação artística contemporânea de 14 países do sul de África, a Gulbenkian alarga a programação também ao Teatro do Bairro e ao Teatro São Luiz em Lisboa.

Em casa, ou melhor no jardim, a Gulbenkian vai improvisar um espaço para as conferências, bem em jeito africano.

Os escritores Teolinda Gersão e Ondjaki serão dois dos protagonistas da Festa da Literatura e pensamento, haverá exposições como a nona edição dos encontros de fotografia de Bamako, cinema com a estreia da longa-metragem de Sana Na N'Hada da Guiné Bissau. Na garagem, a Gulbenkian organiza um baile com ritmos africanos. Haverá ainda concertos, dança e teatro.

A programação do “Próximo Futuro” arranca a 21 de Junho.