Um debate muito oportuno

Dr. Eduardo Barroso, médico de reconhecida competência a nível mundial na área onde exerce a sua profissão, e comentador desportivo televisivo nas horas vagas, acaba de lançar um curioso desafio aos jornalistas desportivos no sentido de abrir um debate sério e esclarecedor acerca do modo como os diversos agentes intervenientes no futebol devem lidar com lesões de atletas que fiquem momentaneamente incapacitados de participar num jogo por força de um embate violento que lhes provoque perda de consciência.

Trata-se de uma questão a que nem sempre é dada a importância devida, e que até pode ser fatal em circunstâncias em que não sejam respeitados determinados princípios.

O Dr. Eduardo Barroso, no seu jeito por vezes truculento, motivou, aliás, nos últimos dias uma polémica que envolveu o médico e o treinador do Benfica, a qual também passou, como é tantas vezes hábito entre nós, por ameaças com tribunais e afins.

Não sendo esse o aspecto mais relevante da questão, a verdade é que estamos perante um assunto de interesse para todos, a justificar uma discussão ampla e esclarecedora.

É que poderão estar em jogo vidas humanas. E, quando tal acontece, deve-lhe ser dada toda a prioridade deste mundo.

Já algumas dessas vidas se perderam em circunstâncias semelhantes mas, como tantas vezes, continua a ser grande a nossa tendência para o esquecimento, passando apenas pelos lamentos de circunstância.

Parecem ser mais importantes outros temas, tais como transferências e aquisições de jogadores, polémicas à volta da arbitragem, e outros que tais.

Talvez este seja um bom momento para suscitar o debate. Por isso, aqui damos também eco a esse desafio de um médico prestigiado, certamente também disponível para nele participar com a experiência e o profissionalismo que lhe são mundialmente reconhecidos.