Há ainda "mil horários completos" por preencher nas escolas

13 set, 2013

Ministro da Educação aponta o dedo ao desinteresse dos professores e revela que os exames de Inglês do 9º ano vão ser patrocinados.

Há cerca de mil horários completos por preencher nas escolas depois de terminado o concurso de colocação de professores por contratação inicial e reserva de recrutamento, revelou o ministro da Educação, em entrevista à SIC.

“Neste momento, o que não está colocado são apenas dois mil professores, dos quais há mil horários completos anuais que não estão colocados, o que também é significativo”, referiu Nuno Crato.

O responsável pela pasta da Educação e Ciência justificou os horários ainda por preencher com a falta de interesse manifestada pelos professores.

“Mas também aqui há uma coisa característica é que há mil horários completos e anuais por preencher e porque é que não foram preenchidos? Porque no concurso em que apareceram tanto professores do quadro como professores contratados, não houve ninguém que se oferecesse para aqueles horários.”

O Ministério da Educação e Ciência colocou esta quinta-feira nas escolas 6.593 professores, sendo 793 docentes dos quadros do ministério, e 5.454 contratados, para além de 346 renovações de contratos. 

Na entrevista à SIC, o ministro da Educação revelou ainda que o exame de aferição da disciplina de Inglês, que se torna obrigatório para o 9º ano, vai ser feito pela Universidade de Cambridge, em Londres, mas que vai ser patrocinado.

“Vai custar zero ao Estado português, o que é uma coisa absolutamente extraordinária. As contrapartidas são as seguintes: há um grupo de empresas que são patrocinadoras, um banco uma editora, duas empresas de software, que assumem os custos da prova e se houver algum saldo positivo reverte a favor de projectos educativos que serão decididos pelo Ministério da Educação”, explicou Nuno Crato.

Ainda de acordo com o ministro da Educação, “a dimensão média de turmas neste momento é de 21 ou 22” alunos, mas admite que possam “ir até aos 30 alunos” para dar resposta à “procura existente” e para “organizar melhor o sistema”.