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Trabalhadores da Imprensa Nacional iniciam três dias de greve

28 fev, 2014

Revisão de um regulamento dos serviços sociais está na origem do conflito. Tribunal de Contas recomendou a aproximação do regulamento ao praticado no sector público e privado, o que implica apoios idênticos aos da ADSE e quotizações mensais maiores.

Os trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) iniciam esta sexta-feira uma greve que se prolonga até terça-feira. Hoje, vão concentrar-se frente ao edifício da administração, para contestar a retirada de benefícios assegurados pelos respectivos serviços sociais.

Há dois meses que os trabalhadores concretizam várias acções de luta, como um dia de greve a 19 de Dezembro e uma concentração junto ao Ministério das Finanças a 22 de Janeiro.

Na semana passada, anunciaram que iriam avançar com uma greve de dois dias, a 28 de Fevereiro e a 3 de Março, mas uma vez que, ao abrigo do acordo da empresa, o dia de Carnaval é considerado feriado, decidiram prolongar a greve por mais um dia, explicou Altamiro Dias, da Comissão de Trabalhadores (CT) da INCM, à agência Lusa.

O presidente da INCM, António Osório, remete para o Ministério das Finanças o desfecho do braço-de-ferro entre funcionários e administração.

Na origem do conflito está a revisão de um regulamento dos serviços sociais da INCM, de 1987.

No ano passado, a INCM foi sujeita a uma auditoria pelo Tribunal de Contas, que recomendou a actualização do regulamento dos serviços sociais, adaptando os seus benefícios, quotas e comparticipações ao que está a ser praticado no sector público e privado.

A proposta de regulamento da administração da INCM prevê que os trabalhadores da empresa passem a ter apoios na saúde idênticos aos da ADSE e ao mesmo tempo que as suas quotizações mensais sejam aumentadas de 1,5 para 2%.

A INCM conta com 668 trabalhadores no activo, mas os seus serviços sociais têm cerca de dois mil beneficiários, contando com os reformados e com os familiares.