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Adolfo Suarez

Espanha perdeu “amigo leal” e “colaborador excepcional”

23 mar, 2014

Reacções à morte lembram homem importante para Espanha e para a Península Ibérica numa altura decisiva.

A morte de Adolfo Suárez, o primeiro chefe do Governo espanhol depois da ditadura de Franco, deixou o Rei Juan Carlos “consternado”.

“Tive nele um amigo leal, e, enquanto Rei, um colaborador excepcional, que em todos os momentos teve como guia e pauta de comportamento a sua lealdade à coroa, e a tudo o que ela representa: a defesa da Democracia, do estado de direito, da unidade e diversidade de Espanha.”

O Rei lembra o papel decisivo de Adolfo Suárez na “transição” após a ditadura. Os espanhóis “unidos por uma grande generosidade e um alto sentido de patriotismo. Um capítulo que deu lugar ao período de maior projecção económica, social e política” do país.

Já o presidente do Governo, Mariano Rajoy, diz que “os espanhóis vivem um dia de tristeza, mas também um dia de homenagem a uma pessoa que é já uma das figuras mais importantes e positivas da nossa história comum.”

Rajoy considera que “este é o momento de demonstrar o nosso respeito e agradecimento a um homem de concórdia, que tornou possível a democracia em Espanha, e abriu-nos as portas da Europa.”

Mário Soares, antigo Presidente da República e primeiro-ministro, lembra que foi “amigo do peito” de Suarez e lamentou a morte de uma grande figura da Península Ibérica.

Adolfo Suarez, político histórico da transição da ditadura para a democracia, tinha 81 anos e não resistiu a uma infecção respiratória que deu origem a uma pneumonia. Além disso, há 11 anos que padecia de Alzheimer.