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China quer liderar buscas pelo avião malaio desaparecido

25 mar, 2014

Dezenas de familiares enfurecidos entraram em confronto com a polícia em Pequim, acusando a Malásia de "atrasos e mentiras", um dia depois da confirmação da queda do avião no Índico.

China quer liderar buscas pelo avião malaio desaparecido
A China decidiu tomar a responsabilidade pela coordenação das buscas ao avião da Malásia desaparecido há mais de duas semanas.

Apesar do anúncio oficial das autoridades malaias de que o avião caiu no Oceano Índico, Pequim decidiu enviar para a Malásia o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, com o objectivo de coordenar as operações de busca ao voo MH370. 

A maioria dos passageiros a bordo do aparelho eram de nacionalidade chinesa e Pequim não desiste de encontrar provas sobre o que terá realmente acontecido ao avião.

De acordo com a agência Reuters, dezenas de familiares dos passageiros, enfurecidos, entraram esta terça-feira em confronto com a polícia em Pequim, acusando a Malásia de "atrasos e mentiras", um dia depois de o país ter confirmado que o avião caiu nos mares da Austrália.

Cerca de 20 dos 30 manifestantes atiraram garrafas de água à embaixada da Malásia e tentaram invadir o prédio, exigindo reunir-se com o embaixador, disseram testemunhas. Antes, os familiares, muitos com o rosto coberto de lágrimas, gritaram "o governo malaio enganou-nos" e "Malásia, devolve os nossos familiares" enquanto marchavam pacificamente com faixas.

O luto dos familiares deflagrou na noite de segunda-feira (horário local) depois de o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, ter anunciado que o voo MH370 caiu no Oceano Índico.

O mau tempo na região forçou a suspensão das buscas por destroços na terça-feira, logo depois de uma série de imagens de satélite levantarem as esperanças de que os restos da aeronave seriam encontrados. A confusa resposta inicial da Malásia ao desaparecimento do Boeing 777 e a percepção de uma comunicação mal organizada enfureceram muitos familiares dos mais de 150 chineses a bordo do avião e estremeceram os laços entre Pequim e Kuala Lumpur.