E já vão quatro

Com apenas oito jornadas cumpridas na principal liga do futebol português, quatro clubes sentiram já necessidade de dar novo curso às preferências quanto a treinadores para as suas primeiras equipas.

E assim, quando a procissão ainda mal saiu do adro há já quem se sinta obrigado a mudar para, deste modo, poder enfrentar com maior optimismo os mais de dois terços do campeonato e as taças, da Liga e de Portugal, que fazem igualmente parte dos longos calendários nacionais.

Nem todos os casos têm as mesmas características. O Belenenses, por exemplo, viu-se na necessidade de prescindir do seu técnico quando este, devido a fortes e mais do que justificadas razões de saúde, se viu forçado a interromper funções, evitando assim correr o risco de criar uma situação de gravidade extrema.

Por seu lado, José Mota, do Vitória de Setúbal, Abel Xavier, do Olhanense, e Costinha, do Paços de Ferreira, protagonizaram acontecimentos diferentes.

Os dirigentes são, na maioria dos casos, os grandes responsáveis por estes falhanços, que têm origem em escolhas duvidosas, e muitas vezes levadas a cabo com a conivência de empresários que apenas pretendem colocar a sua mercadoria a qualquer preço.

De todos, Costinha é aquele que fica mais marcado pelos acontecimentos mais recentes. Depois de uma experiência falhada em Aveiro, onde acompanhou o Beira-Mar na descida à segunda divisão, o que aconteceu em Paços de Ferreira não deixará de provocar graves danos na carreira acabada de iniciar.

Terminada uma carreira brilhante como jogador, o antigo médio do FC Porto, talvez não se devesse precipitar tão abruptamente para tarefas tão exigentes, para as quais não estava preparado, mesmo que para isso estivesse a ser levado ao colo por quem julga que descobre soluções para todos os casos.