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Comunidade internacional mobiliza-se para ajudar as Filipinas

10 nov, 2013

Tufão terá matado 10 mil pessoas.

O tufão “Haiyan” está quase a chegar ao Vietname depois de ter deixado um rasto de destruição nas Filipinas. A comunidade internacional prepara-se para ajudar.

Ventos na ordem dos 300 quilómetros/hora e uma agitação marítima comparada por várias fontes a um tsunami fizeram pelo menos 10 mil mortos, 500 mil desalojados e colocaram mais de dois milhões de pessoas a precisar de ajuda imediata.

Elisabete Byrs, elemento da organização das Nações Unidas para a Alimentação, fala nas necessidades mais básicas para actuar de imediato.

“A FAO estima que dois milhões e meio de pessoas precisam de assistência alimentar imediata após a passagem do tufão. Nós precisamos com urgência de dois milhões de dólares para as necessidades imediatas de 500 mil pessoas para comprar 200 toneladas de arroz e 40 toneladas de biscoitos energéticos”, disse.

O socorro às vítimas não tem sido o mais eficaz, o que o Presidente das Filipinas Benigno Aquino explica com o colapso das próprias estruturas de protecção civil.

“Houve um colapso das autoridades locais, que são os primeiros a reagir. Muitos dos socorristas foram afectados e não vieram trabalhar. Isso também contribuiu para o atraso no socorro”, refere.

Mesmo sem haver ainda pedidos formais de ajuda por parte das Filipinas, são várias as movimentações da comunidade internacional para enviar ajuda para aquele país.

Os Estados Unidos já disponibilizam verbas e mandaram avançar cerca de nove mil militares e diversos meios de socorro – sobretudo helicópteros para o transporte de vítimas e distribuição de produtos alimentares básicos.

A Comissão Europeia, por seu lado, já anunciou a disponibilização de nove milhões de euros e o Mecanismo Europeu de Protecção Civil, com sede em Bruxelas, prepara a constituição de uma equipa para enviar para as Filipinas.

O que este Organismo pediu aos 28 Estados-Membros foram abrigos de emergência, sistemas de purificação de água e peritos em protecção civil que possam coordenar as operações no terreno.

Pelo menos a França, a Bélgica, a Noruega e a Alemanha já responderam afirmativamente. Portugal deverá ficar de fora desta equipa europeia.