O Atlético de Madrid apurou-se para a final da Liga dos Campeões, 40 anos depois de ter marcado presença numa decisão do género e graças a um resultado que muito poucos apostadores poderiam prever.
Os "colchoneros" bateram o Chelsea por expressivos 1-3, em Stamford Bridge, marcando encontro com o rival Real Madrid na última partida da Champions desta temporada, a 24 de Maio, no Estádio da Luz.
O mesmo é dizer que José Mourinho, que havia garantido a sua presença em Lisboa para assistir à final, terá que o fazer nas bancadas do reduto do Benfica e que Tiago, capitão do "Atleti", cumprimentará, no relvado, os compatriotas Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão.
Se a primeira parte da eliminatória já tinha demonstrado a superioridade do futebol praticado pela equipa de Diego Simeone, que está perto de conquistar o título de campeão nacional, a segunda mão das meias-finais da Liga Milionária reforçou a evidência.
E se a primeira metade da partida de Stamford Bridge já tinha garantido a maior predisposição e motivação dos "colchoneros", a etapa complementar revelou o carácter avassalador de uma equipa que teve no português Tiago um autêntico comandante das operações.
Contra-corrente, o golo de Fernando Torres - não festejou frente à antiga equipa -, aos 36', até fazia Mourinho pensar que a terceira final da Champions, a nível pessoal, estaria ao virar da esquina. Nada mais falso. O tento do empate de Adrián López, aos 44', com Tiago no início da jogada, virou logo as contas a favor dos espanhóis.
Na segunda metade, perante o nervosismo e desconcentração permanentes dos "blues", o perfume do Atlético espalhou-se por toda a Londres. Diego Costa, derrubado na área por Eto'o - lançado na segunda parte por "Mou" -, fez, de "penalty", um 1-2 que já deixava antever o desfecho final. E Arda Turan, aos 72', sentenciou tudo.
Dentro de 25 dias, haverá "derby" e uma final inédita da Liga dos Campeões, com recepção portuguesa aos milhares de espanhóis que irão invadir a capital.
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