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Detido GNR que assaltava casas fardado

18 jun, 2014 • Celso Paiva Sol

Assaltantes faziam-se passar por militares, mas um dos membros do grupo era um verdadeiro guarda. Acabou por ser detido, tal como quatro colegas.

A GNR desmantelou na margem sul do Tejo um grupo de assaltantes que se faziam passar por militares da Guarda Nacional Republicana. Mas nem todos eram falsos polícias: entre os cinco detidos está um verdadeiro militar da GNR.

Este guarda da GNR em funções, colocado no serviço administrativo do Comando Geral no Largo do Carmo, não seria o líder do grupo, mas além de fornecer as fardas que o grupo usava nos crimes, também coordenava toda a encenação nas residências das vítimas.

Os ladrões simulavam buscas domiciliárias usando, não só o fardamento da GNR, como também todas as técnicas e linguagem que as forças de segurança costumam usar nessas circunstâncias. 

Com o pretexto de estarem a decorrer investigações criminais nas quais um dos moradores da casa estava sob suspeita, o grupo acabava por apreender ilicitamente objectos de valor, sobretudo telemóveis e computadores, que dizia ser importantes para a investigação.

Depois de seis meses a vigiar o grupo, a GNR avançou esta semana com um conjunto de oito buscas domiciliárias nas zonas do Monte da Caparica e do Feijó.

Os cinco homens que constituíam o grupo, com idades entre os 35 e os 58 anos, foram detidos. A GNR apreendeu ainda 40 telemóveis, dois computadores e quatro armas.

Depois de ouvidos por um juiz, o militar da GNR e dois alegados cúmplices ficaram em prisão preventiva. Os restantes dois arguidos saíram em liberdade com Termo de Identidade e Residência.