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Marcelo diz que Orçamento "já está ultrapassado pelos acontecimentos"

08 nov, 2012

Para o antigo presidente do PSD, é "inevitável" um novo corte na despesa do Estado em 2013.

Marcelo diz que Orçamento "já está ultrapassado pelos acontecimentos"

O Orçamento do Estado do próximo ano "já está ultrapassado pelos acontecimentos", com o Governo e a Comissão Europeia a admitirem que será preciso "mais dinheiro", afirma Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o antigo presidente do PSD, é "inevitável" um novo corte na despesa do Estado em 2013, além do que está anunciado, porque "toda a gente começa a admitir aquilo que parecia evidente, é que o Orçamento já está ultrapassado pelos acontecimentos".  
 
"Ainda não está aprovado em votação final global e já a Comissão Europeia admite, o Governo admite, a oposição admite que é preciso mais dinheiro", acrescentou, em declarações a jornalistas em Lisboa, à margem do lançamento do livro "Angola, Justiça e Paz", de Tony Neves. 
 
"E, portanto, quanto é [o corte adicional na despesa em 2013]? São 800 e tal milhões, são 900 milhões, o que será desses quatro mil milhões [anunciados pelo Governo no âmbito da definição das funções do Estado]? Estamos a descobrir e vamos certamente descobrir ao longo do ano que vem", acrescentou. 
 
Para Rebelo de Sousa, esta questão "depende" ainda de "se desses 4 mil milhões for preciso muito no ano de 2013, implicando mais sacrifícios, o quer dizer portanto que resta menos para pedir em 2014 dos quatro mil milhões".
 
O ex-presidente do PSD considerou que "há ainda muito por onde cortar em matéria de institutos de administração pública, de fundações, de poder local, nomeadamente empresas municipais, de reforma das empresas públicas".
 
"Há muito por onde cortar. Veremos se além disso também haverá cortes já em 2013 naquilo que são as chamadas funções sociais . Vamos ver, que cortes são, cortes já houve em 2011 e 2012, mas que cortes mais vai haver. Estamos à espera, como já foi dito por muita gente, estamos à espera das propostas do Governo e elas surgirão certamente entre Dezembro e Fevereiro do ano que vem", afirmou.