12 mar, 2013
A Igreja Católica e o Vaticano tiveram um papel importante na independência de Timor-Leste. Cerca de 14 anos depois da libertação do povo timorense o embaixador Fernando Neves, que esteve no terreno nessa altura e ajudou no processo diplomático que antecedeu a independência, revela que a par do esforço político de Portugal também a Igreja foi fundamental em todo o processo.
“Foram absolutamente decisivos porque no meio de toda aquela repressão manteve sempre a liberdade religiosa. A Igreja católica assumiu-se como um catalisador da resistência, como aconteceu noutros países. Essa é uma das razões pelas quais a Irlanda apoiava tanto Timor”, disse.
Pelo caminho surgiram muitas dificuldades vindas não só da Indonésia mas também da Austrália. A segurança foi uma questão incontornável. “Ou aceitávamos que a segurança fosse garantida pelas Forças Armadas Indonésias ou não havia consulta”.
As declarações do embaixador Fernando Neves foram feitas na Tertúlia Diplomática ’Portugal, a Europa e o Mundo, promovida pela livraria Ferin e apoiada pela Renascença.