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Há mais cantinas a funcionar nas férias da Páscoa

22 mar, 2013

“Há um aumento significativo do número de municípios que sentiram necessidade de responder às situações de emergência social que são cada vez em maior número”, afirma o vice-presidente da Associação Nacional de Municípios.

Há mais refeitórios escolares, em mais municípios, a servir refeições aos alunos durante estas férias da Páscoa, afirma o vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

“Há um aumento significativo do número de municípios que sentiram necessidade de responder às situações de emergência social que cada vez são em maior número, em ter as cantinas abertas e isso é uma constatação e uma realidade”, explica Fernando Campos, em declarações à Renascença.

Sem precisar, o vice-presidente da ANMP diz que este investimento dos municípios representa uma factura de muitos milhares de euros.

As portas das escolas estão abertas especialmente nas áreas metropolitanas, mas as dificuldades estendem-se um pouco por  todo o país, reconhece Fernando Campos.

“É um pouco por todo o país que os municípios vêm substituindo o Estado central e fazendo aquilo que o Estado não está a fazer, que é responder a estas preocupações sociais, que são graves e crescentes”, alerta o vice-presidente da Associação Nacional de Municípios.

De Olhão a Mondim de Basto
A Renascença foi a várias regiões do país para tentar perceber se a oferta acompanha a procura de refeições por parte dos alunos mais carenciados.

Em Olhão, no Algarve, o refeitório da Escola C+S João da Rosa não parou durante as férias da Páscoa e alargou o apoio aos alunos dos segundo e terceiro ciclos.

No Interior alentejano, em Elvas, as cantinas escolares estão encerradas, mas há dez refeitórios sociais que dão a ajuda alimentar às crianças durante o período de férias. A autarquia toma conta da resposta alimentar.

Em Leiria, o número de alunos que carece de ajuda alimentar ronda os 10% do total de alunos que costumam almoçar nas escolas. Além dos descontos no pagamento da refeição, a Câmara local tem vindo a reforçar a quantidade de comida.

Já em Mondim de Basto, está a aumentar o número de crianças a precisar de uma refeição quente  na escola durante as férias.