Itália

“Tudo o que era imponderável aconteceu” na colisão de navio em Itália

08 mai, 2013 • João Cunha

Era uma operação de rotina, mas acabou num acidente que fez três mortos confirmados e quatro feridos, dois deles em estado grave. Embate da última noite resultou ainda em entre seis e sete desaparecidos.

“Tudo o que era imponderável aconteceu” na colisão de navio em Itália
Era uma operação de rotina, mas acabou num acidente que fez pelo menos cinco mortos. O embate de um navio porta-contentores na torre de controlo do porto de Génova foi tão violento que a torre se inclinou 45 graus e parte dela caiu. O acidente aconteceu esta terça-feira à noite. A torre é de ferro e betão e ficou tombada e contorcida. A parte superior, onde trabalhavam os funcionários da capitania, desapareceu.
O embate de um navio porta-contentores na torre de controlo do porto de Génova foi tão violento que a torre se inclinou 45 graus e parte dela caiu. O acidente aconteceu na terça-feira à noite e provocou três mortos, quatro feridos e entre seis a sete pessoas desaparecidas.

A torre é de ferro e betão e ficou tombada e contorcida. A parte superior, onde trabalhavam os funcionários da capitania, desapareceu.

É o que mostram as imagens que chegam do porto de Génova, onde, por volta das 23h00 (menos uma hora em Lisboa), quando se procedia à troca de turnos, o “Jolly Nero”, um porta-contentores de 238 metros de comprimento e com capacidade para transportar 40 mil toneladas de carga, chocou contra a torre quando procedia a uma manobra de rotina.

“É um incidente incrível, porque tudo o que era imponderável aconteceu. Vejam as condições meteorológicas… eram perfeitas, assim como as do mar. Não havia vento, não havia outras embarcações em movimento. Era uma operação de absoluta rotina, o que torna tudo isto incrível”, afirma o presidente da Autoridade Portuária de Génova, Luigi Merlo.

Dois membros da capitania do porto e um piloto perderam a vida. Quatro ficaram feridos, alguns com gravidade.

“O que comprovámos no local foi que dois feridos estavam num estado mais grave. Quanto aos outros, um tinha um trauma torácico e o outro era um politraumatizado”, refere o médico Andrea Furgani, dos serviços de emergência e que coordenou o socorro.

Três dos desaparecidos estarão presos no elevador da torre, que tinha 54 metros de altura. Os outros terão caído à água e estão a ser procurados.

“A prioridade é procurar os desaparecidos e perceber se estão no mar ou nos escombros do edifício”, confirma Luigi Merlo.

O acidente reavivou na memória dos italianos a tragédia do navio de cruzeiro “Costa Concórdia”, que naufragou em meados de Janeiro de 2012, perto da ilha de Giglio, na Toscana, provocando a morte de 32 pessoas.