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Governo quer privatizar Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral

13 nov, 2013

Sindicato teme pela qualidade dos cuidados prestados e pelos postos de trabalho dos cerca de 100 funcionários do centro.

O Governo prepara-se para privatizar o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian. Em causa está o principal centro do país dedicado ao diagnóstico, tratamento e investigação na área da paralisia cerebral.

A denúncia é feita pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado que teve acesso ao documento que prevê a entrega deste centro a uma instituição privada, revela Bettencourt Picanço. “Tivemos conhecimento a semana passada através do memorando assinado entre o senhor ministro da solidariedade e o provedor da Santa Casa de Lisboa, que prevê a transferência do centro para uma instituição privada de solidariedade social, que obviamente não tem as condições financeiras e de gestão para suportar esse encargo”

Já foi pedida uma audiência ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social. O sindicalista alerta para o sério risco para doentes e famílias caso a privatização avance, e também para o futuro de mais de 100 trabalhadores: “Trata-se de um centro muito procurado por pessoas sem recursos económicos. Se a privatização acontecer será uma tragédia para os utentes do centro e para o futuro do apoio que é dado às pessoas e para a investigação. Obviamente os trabalhadores estão preocupados, são mais de cem e os postos de trabalho estão em causa”.

Bettencourt Picanço do STE, contra a eventual privatização do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian.

A Renascença procurou obter um esclarecimento junto do ministério da Solidariedade e Segurança Social que remeteu para o Instituto de Segurança Social. Até ao momento não foi possível obter informações sobre o assunto.