Emissão Renascença | Ouvir Online

Açores pedem mais empenho ao Governo para evitar cortes americanos nas Lajes

09 dez, 2013 • Celso Paiva Sol

Presidente do governo regional, Vasco Cordeiro, alerta para os efeitos "devastadores" da redução de pessoal militar e civil na base.

O presidente do governo regional dos Açores gostava de ver maior empenho do Governo da República na tentativa de evitar a redução do contingente norte-americano na base das Lajes.

No dia em que o Senado norte-americano retomou o debate sobre o Orçamento da Defesa para 2014, discussão onde irá ficar definido o futuro próximo da base, Vasco Cordeiro diz à Renascença que é preciso maior visibilidade política, nomeadamente por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, tutelado por Rui Machete.

“Do ponto de vista político, aquilo que eu gostaria de ver era uma maior exteriorização, termos uma maior visibilidade ao nível do compromisso político de diversos intervenientes com uma boa solução para este assunto. Tenho defendido que este é assunto que deve estar, claramente, no âmbito da esfera dos Negócios Estrangeiros.”

Se o Senado norte-americano não travar o plano já aprovado em Junho pelo Congresso, Vasco Cordeiro alerta para os efeitos "devastadores" da redução de pessoal militar e civil na base norte-americana.

“Essas consequências terão um impacto que se traduzirá na diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) da na ilha Terceira à volta dos 6% a 7%, uma diminuição do PIB regional superior a 1%, um aumento da taxa de desemprego na ilha Terceira na ordem dos 40 pontos percentuais. São consequências devastadoras para uma economia isolada, fechada, como é a de uma ilha”, afirma o presidente do governo regional dos Açores nesta entrevista à Renascença.