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Privatização

Trabalhadores da TAP pedem reunião urgente com ministro

22 jan, 2014

Hoje, Pires de Lima vai ao Fórum Económico Mundial dar a conhecer as oportunidades de negócio que Portugal oferece, incluindo as privatizações previstas para este ano. Negócio da TAP está suspenso desde Dezembro de 2012.

A comissão de trabalhadores da TAP pediu ao ministro da Economia uma reunião "com carácter de urgência" para obter esclarecimentos sobre o processo de privatização da companhia aérea.

"Na qualidade de representantes de cerca de sete mil trabalhadores, todos eles preocupados com o futuro da companhia, e dada a contribuição que esta dá à economia nacional, quer em termos de PIB [Produto Interno Bruto], quer em termos de impostos e de Segurança Social, vimos por este meio solicitar uma reunião, com carácter de urgência", lê-se na carta enviada a Pires de Lima, citada pela agência Lusa.

Na reunião, os trabalhadores pretendem que o ministro faça o "ponto de situação" e esclareça "algumas dúvidas em relação" ao processo de privatização da TAP, numa altura em que têm surgido "notícias sobre eventuais interessados" na companhia aérea.

A 16 de Janeiro, fonte governamental disse que o Governo pediu aos assessores financeiros da privatização da TAP (Barclays Capital, Banco Espírito Santo de Investimento, Citi Bank e Crédit Suisse) uma actualização da avaliação da companhia aérea, de modo a ter em consideração os resultados da empresa referentes a 2013.

Até ao final do terceiro trimestre do ano passado, e comparativamente com o mesmo período de 2012, as receitas operacionais da TAP aumentaram 2,2% para 1.863 milhões de euros e o resultado líquido passou de um prejuízo de 9,7 milhões de euros para um lucro de 8,5 milhões de euros.

No que respeita ao tráfego, a TAP anunciou a 8 de Janeiro que transportou mais de 10 milhões e 700 mil passageiros em 2013, um crescimento de 5% em relação ao ano anterior, e que a taxa de ocupação dos voos subiu de 76,8% para 79,4%.

A 15 de Janeiro, o secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, disse no Parlamento que o Governo aguarda um momento em que haja "suficiente ambiente competitivo" para reabrir o processo de privatização da TAP, enaltecendo o interesse "que aparentemente existe" na companhia aérea portuguesa.

Entretanto, a imprensa noticiou novos interessados na empresa, entre os quais o norte-americano Frank Lorenzo, antigo accionista e presidente da Continental Airlines, e Pais do Amaral.

Em Dezembro de 2012, o Governo recusou a proposta de compra da TAP feita pelo grupo Synergy, detido pelo empresário colombiano Germán Efromovich, o único concorrente à privatização da companhia aérea nacional.

A venda está suspensa desde então e, no Orçamento do Estado para 2014, o Governo afirma que vai continuar “a monitorizar as condições do mercado, por forma a relançar o processo de privatização da TAP logo que estejam reunidas as condições propícias para o seu sucesso”.

Hoje, o ministro da Economia vai ao Fórum Económico Mundial tentar captar mais investimento estrangeiro. Em Davos, na Suíça, Pires de Lima deve dar a conhecer as oportunidades de negócio que Portugal oferece, incluindo as privatizações previstas para este ano.