Emissão Renascença | Ouvir Online

Bruxelas concorda em atribuir verbas às instituições científicas

05 fev, 2014

Comissão Europeia aponta que o sistema português evoluiu muito em termos de quantidade mas não o suficiente em termos de excelência, defendendo a aposta em investigação nas empresas.

O Governo português chegou a acordo com Bruxelas e concluíram que parte das verbas destinadas à ciência podem ser atribuídas às instituições científicas e não apenas à investigação nas empresas, como a Comissão Europeia (CE) queria.
 
O ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, reconhece, como diz Bruxelas, que Portugal evoluiu muito em quantidade, mas nem sempre em qualidade. Ainda assim foi possível chegar a um meio-termo.
 
“A posição da Comissão Europeia no início das negociações era que apoios à ciência no próximo quadro seriam sobretudo para apoio à investigação nas empresas e não no próprio sistema científico”, explicou o ministro.

“Nós defendemos, com o Ministério da Educação e Ciência, que era importante continuar a apostar no sistema científico, mas reconhecemos a crítica da CE, que era que o nosso sistema tinha evoluído muito em termos de quantidade mas não o suficiente em termos de excelência e qualidade. É necessário apostar em maior selectividade, em concentrar massa crítica, conhecimentos, numa ciência da excelência”, defende Poiares Maduro.

O governante diz que foi nesse sentido que o Governo conseguiu chegar a um consenso com a CE, e garante que “haverá e continuará a existir apoio ao sistema científico em si, à ciência pura e não apenas à ciência aplicada, mas é importante e fundamental, para a evolução do sistema científico, por um lado, reforçar aposta na excelência e na selectividade, concentrar recursos em unidades de excelência e, por outro desenvolver mecanismos de transferência do conhecimento para as empresas e a economia.”

Em declarações aos jornalistas esta quarta-feira, o ministro Adjunto anunciou, por outro lado, que continua em negociações para que parte  dos fundos do próximo quadro comunitário de apoio possam ser aplicados em infra-estruturas rodoviárias em casos muito específicos.