1º de Maio

Jerónimo apela à mobilização contra a "mentira" do Governo

28 abr, 2012

Para o líder comunista, o "projecto de afundamento do país" do Executivo vem "acompanhado de uma cínica operação de propaganda, sempre a anunciar um curto período de sacrifícios, a troco de um amanhã de recuperação, prosperidade, emprego, cuja data nunca chega, nem chegará". 

Jerónimo apela à mobilização contra a "mentira" do Governo
O líder do PCP defendeu hoje que o Governo adoptou a "mentira como estratégia" e apelou à mobilização no 1º de Maio, depois de um 25 de Abril que impressionou pelas "presenças" e não pelas "ausências".

"Tal como os governos anteriores este Governo adopta a mentira como estratégia política central, oculta a realidade, mente sobre os compromissos que assume, mente sobre o que faz e quer fazer e sobre o que lhe mandam fazer", defendeu Jerónimo de Sousa no encerramento da VI assembleia da organização do sector intelectual da Organização Regional de Lisboa do PCP, na Casa do Alentejo, em Lisboa.

Afirmou que o PCP sente que se vive um "ponto de viragem" no país, apelou à ida para a "rua", "sem meias-tintas", já no 1º de Maio, depois de no 25 de Abril o "fundamental" não terem sido as "ausências", numa referência à ausência da associação 25 de Abril, do antigo Presidente da República Mário Soares e do ex-candidato presidencial Manuel Alegre das comemorações oficiais.

Jerónimo de Sousa argumentou que o "projecto de afundamento do país" do Governo vem "acompanhado de uma cínica operação de propaganda, sempre a anunciar um curto período de sacrifícios, a troco de um amanhã de recuperação, prosperidade, emprego, cuja data nunca chega, nem chegará".

Nesta "operação", nas últimas semanas "têm-se multiplicado os anúncios transformados em lapsos e os lapsos transformados em anúncios, os balões de ensaio que acompanham novas medidas anti-sociais anunciadas em catadupa.

Para o PCP, o que o Governo chama de reformas estruturais é "o desmantelamento do sistema de protecção social a todos níveis", condenando a "renovada ofensiva na redução e liquidação dos apoios sociais" e a destruição do "papel do sistema público de segurança social, na qual se introduz também o plafonamento das contribuições".