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Passos interveio na venda do BPN, "mas nunca negociou o contrato"

24 jul, 2012

O esclarecimento foi dado aos deputados pela secretária de Estado do Tesouro.

Passos interveio na venda do BPN, "mas nunca negociou o contrato"

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho interveio na reprivatização do Banco Português de Negócios (BPN) para vincar o interesse do Estado português na conclusão do negócio com o BIC, afirmou esta terça-feira a secretária de Estado do Tesouro.

Maria Luís Albuquerque explicou, na comissão parlamentar de inquérito ao BPN, que a intervenção do primeiro-ministro “foi no sentido de haver uma conversa e de reiterar que o Governo português tinha interesse que o negócio chegasse a bom porto”.

A secretária de Estado sublinha que a reprivatização do banco permitiu manter a maioria dos postos de trabalho, o que não aconteceria num cenário de liquidação, e permitiu preservar a estabilidade financeira.

Passos Coelho reuniu-se por duas vezes com o presidente do BIC Portugal, Mira Amaral. Numa primeira reunião, o chefe do Governo quis saber por que razão o processo estava parado, num segundo encontro, Passos quis saber dos próprios accionistas qual a magnitude do interesse do BIC.

Maria Luis Albuquerque esclarece que o primeiro-ministro “nunca negociou o contrato entre o BIC e o BPN”. Foi a secretária de Estado que esteve encarregada dessa missão.