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"Portugal está em condições de regressar aos mercados em 2013"

07 set, 2012

Líder do PS considera que os sacrifícios feitos pelos portugueses vão aliviar, com o anúncio desta quinta-feira do Banco Central Europeu.

"Portugal está em condições de regressar aos mercados em 2013"

Portugal fica em condições de regressar aos mercados em 2013, afirma o líder do PS, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado que vai comprar dívida de países resgatados.

António José Seguro considera que a decisão do BCE, de criar um novo programa de compra de dívida soberana no mercado secundário, permite ao país retomar o financiamento tradicional no próximo ano e aliviar os sacrifícios dos portugueses.

“A conclusão mais importante que podemos tirar é que Portugal, com as decisões que acabaram de ser tomadas, está em condições de regressar aos mercados para financiar já no próximo ano”, declarou o secretário-geral socialista, num Fórum de professores promovido pela FNE.

António José Seguro disse ainda que as decisões do Banco Central Europeu lhe vêm dar razão: “muitas das reivindicações que eu tenho vindo a fazer, há mais de um ano, algumas delas foram hoje tomadas pelo Banco Central Europeu”.

O líder socialista avançou também com a sua própria interpretação das consequências que resultam da decisão do BCE de passar a comprar dívida soberana no mercado secundário, considerando que o Banco Central Europeu passa a garantir custos de financiamento adequados, que implicam juros mais baixos e assim os sacrifícios de empresas e particulares serão aliviados.

“Quer dizer que os sacrifícios que temos de fazer diminuem, baixam, o que significa que a vida dos portugueses e das empresas também será aliviada em função desta decisão.”

Já citado na edição online do “Jornal de Negócios”, Seguro diz ser um dia importante para o país e a prova de que tinha razão na cruzada por um papel mais activo do BCE.

Nestas declarações, o secretário-geral do PS afirma aguardar para ver agora qual é a posição do primeiro-ministro Passos Coelho, que sempre foi contra esta solução.