15 dez, 2012
Num destes dias, parei num pequeno café, daqueles em que as mesas quase se tocam umas às outras. Ao meu lado, estava um rapaz, que enquanto ia almoçando, lia o jornal. Passado algum tempo, chegou uma rapariga, beijaram-se e também ela trazia o seu tabuleiro. Dei comigo a pensar em como era bom poder partilhar uma companhia à hora do almoço, mas acabei surpreendida – ele continuou a ler o seu jornal e ela tirou um livro da carteira e assim ficaram, cada um com o seu prato, cada um com a sua leitura. Tão próximos e tão distantes.
Jesus, bem sei que o silêncio pode ser revelador de amor, mas ajuda-me a ser capaz de construir relações, a saber partilhar palavras e sentimentos, a ser próxima do meu próximo. E Te peço por tantos jovens que vivem relações de amor, centrados em si próprios, tão distantes da generosidade gratuita que o verdadeiro amor, pede e dá, na sequência dos dias, na normalidade das vidas.
Isabel Figueiredo