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Quatro engenheiros portugueses intoxicados por químico em Moçambique

28 jan, 2013

Inalação de fosforeto de alumínio, um insecticida altamente tóxico, usado nas câmaras de gás nazis durante a II Guerra Mundial, feriu gravemente uma portuguesa já transferida para a África do Sul.

Quatro engenheiros portugueses ficaram feridos durante uma operação de fumigação num estaleiro da construtora portuguesa Opway, na província de Gaza, no sul de Moçambique.

O incidente ocorreu após uso de um insecticida altamente tóxico, que levou à hospitalização de seis engenheiros envolvidos na fiscalização da empreitada.

Um dos feridos graves, alegadamente por fosforeto de alumínio, um insecticida altamente tóxico, usado nas câmaras de gás nazis para extermínio dos judeus durante a II Guerra Mundial, é uma portuguesa que já foi transferida para a África do Sul.

A inalação deste produto provoca danos no fígado, rins, pulmões e afecta o sistema nervoso e circulatório. Confrontado com a informação, Luís Leite Pinto escusou-se a comentar o tipo de substância utilizada, remetendo qualquer esclarecimento para a comissão de inquérito criada para investigar o acidente.

"Estão todos bem de saúde, menos uma técnica que está neste momento hospitalizada na África do Sul". O seu quadro clínico demonstra "um prognóstico reservado", disse à Lusa o administrador Luís Leite Pinto.

Uma equipa da direcção de saúde da Opway foi destacada para Moçambique para, juntamente com as autoridades moçambicanas, apurar as causas da "ocorrência muito lamentável", disse o director geral da construtora portuguesa responsável pela conceição e reabilitação do troço rodoviário Caniçado-Chicualacuala, em Gaza.