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Síria diz que acordo sobre armas químicas é uma "vitória"

15 set, 2013

Entretanto, a guerra prossegue. Forças leais ao presidente Bashar al-Assad bombardearam este domingo zonas controladas pelos rebeldes, nos arredores da capital Damasco.

O regime sírio classifica como uma “vitória” o acordo para o desmantelamento do arsenal químico do país, acertado esta semana entre a Rússia e os Estados Unidos.

“Estes entendimentos representam uma vitória para a Síria, conseguida graças aos nossos amigos russos”, disse o ministro da reconciliação nacional, Ali Haidar, à agência de notícias RIA.

Ali Haidar declarou que o “acordo é bem-vindo”. Para o governante, “vai ajudar os sírios a sair da crise e evitou uma guerra contra a Síria, ao retirar um pretexto àqueles que a queriam desencadear”.

Estas declarações são conhecidas no dia em que aviões e artilharia das forças leais ao presidente Bashar al-Assad bombardearam zonas controladas pelos rebeldes, nos arredores da capital Damasco.

O ministro da reconciliação nacional foi o primeiro membro do Governo da Síria a reagir ao acordo alcançado no sábado, em Genebra, na Suiça, entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

O arsenal de armas químicas da Síria vai passar para as mãos da comunidade internacional. O desarmamento deverá ocorrer até meados de 2014.

Em aberto fica a punição de Damasco, caso o presidente sírio, Bashar al-Assad, não cumpra o estabelecido. O documento não prevê o uso automático da força e nem sanções.

Um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco, no dia 21 de Agosto, fez mais de 1.400 mortos. As conclusões dos investigadores das Nações Unidas vão ser divulgadas esta segunda-feira.

O conflito na Síria começou em Março de 2011 como um protesto pacífico contra quatro décadas de governo da família Assad. Acabou por se tornar numa guerra civil, que já matou mais de 100 mil pessoas.