Tempo
|

Ribeiro Cristóvão

Corrida curta

08 fev, 2013 • Ribeiro Cristóvão

Está oficialmente confirmada a demissão de todos os órgãos sociais do Sporting Clube de Portugal, ficando assim aberto caminho ao acto eleitoral já marcado para o próximo dia 23.

Corrida curta

Está oficialmente confirmada a demissão de todos os órgãos sociais do Sporting Clube de Portugal, ficando assim aberto caminho ao acto eleitoral já marcado para o próximo dia 23.

O período de quinze dias que se segue destina-se agora à apresentação das candidaturas que, tudo o indica, voltarão a ser em número considerável.

No arranque, perfilam-se duas com propósitos idênticos, mas com pesos diferentes. Bruno Carvalho, vencido mas não convencido no pleito anterior, estará de novo no sufrágio na convicção de que desta vez não haverá barreiras que o impeçam de chegar à cadeira da presidência. Caberá aos associados essa escolha.

Porém, uma questão relevante não pode deixar de ser chamada a primeiro plano nas actuais circunstâncias. Trata-se do período excessivamente curto que medeia entre o anúncio do acto eleitoral e a sua realização, claramente insuficiente para que os candidatos possam tomar contacto com a verdadeira realidade do clube em todos os domínios.

Convenhamos que apenas quinze dias não constituem um prazo aceitável para que sejam recolhidas assinaturas, feitos convites, organizadas listas e consultados os documentos que permitam a cada um inteirar-se da situação económica e financeira do Sporting e, em função de tudo isto, elaborar um completo e bem documentado programa de acção para apresentar aos associados.

Sobretudo aqueles que só agora iniciam o processo de candidatura irão passar por algumas dificuldades que, nalguns casos, poderão até conduzir à desistência. Por outro lado, levam alguma vantagem aqueles que possam estar a trabalhar nos diversos dossiers há algum tempo, e, para os quais o espaço-tempo é considerado suficiente.

Aparte este pormenor, que nos parece deveras importante, parece ter chegado o tempo em que à família sportinguista cabe procurar a unidade possível para que, deste modo, o futuro possa ser encarado com esperança. Um pressuposto parece simples: a primeira prioridade deverá ter em vista a reestruturação financeira do clube, e só depois a sua actividade desportiva.

Tudo o que for além disto apenas será mais do mesmo.