Menezes contraria vice e diz que Gaia não vai receber feira do livro

24 abr, 2013 • Maria João Costa

Ninguém se entende quanto à feira do livro. O autarca de Gaia diz que não quer lá a feira, o seu número dois diz o contrário. A APEL lamenta, mas para já não toma uma decisão.

Luis Filipe Menezes contraria o seu número dois da câmara. O ainda autarca de Gaia diz que afinal o concelho não irá receber a Feira do livro. Horas depois do vice-presidente, Firmino Pereira ter mostrado disponibilidade financeira para que Gaia acolha o evento neste e em próximos anos, Menezes garante que a sua autarquia não se irá envolver no assunto.

À agência Lusa, Luis Filipe Menezes explica que "a minha posição vai ser de manifestamente a Câmara de Gaia este ano não se envolver nesse assunto". O também candidato à câmara do Porto diz que "a cinco meses de eleições" autárquicas não quer que "haja a ideia de que a Câmara de Gaia se envolve num conflito institucional" e que irá apenas apelar a uma solução.  

O que é verdade é que horas antes, o número dois da autarquia de Gaia, o vice-presidente Firmino Pereira expressava à Renascença disponibilidade do concelho para acolher o evento. E até tinha sugestões de locais. "Quer na zona marginal junto ao rio, quer no Jardim do Morro que é servido por uma estação de metro temos condições únicas para concorrer com qualquer espaço da cidade do Porto." O número dois de Gaia defende que não se deve deixar morrer a feira.

Dias depois da autarquia do Porto ter anunciado o cancelamento da feira, Gaia expressa assim publicamente a disponibilidade para acolher o evento. "Gaia tem todas as condições financeiras para ajudar a APEL a realizar a feira", explica Firmino Pereira.

O vice-presidente da câmara de Gaia vai mais longe e diz considerar "incompreensível que tenha havido este diferendo com a câmara do Porto por razões de natureza financeira. Se se aposta em fazer corridas de automóveis, mais rapidamente deveria haver disponibilidade para fazer uma iniciativa que é já um marco histórico no Porto"

Contudo, esta disponibilidade de Gaia não foi comunicada formalmente à APEL. Fonte da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros explicou à Renascença que antes de reunir a direcção, no início de Maio, não será tomada qualquer decisão. Até porque em cima da mesa além da proposta de Gaia, há outras de entidades públicas e privadas. A mesma fonte da APEL garante-nos no entanto que a data da feira deste ano já está demasiado próxima para pôr de pé uma programação.

[notícia actualizada às 01h35]