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Obras da passagem pedonal na segunda circular já não afectam trânsito

20 mar, 2014

A ponte estará concluída dois anos depois do prazo inicialmente estimado. O custo da obra também é maior do que o previsto.

Já foram levantados os constrangimentos de trânsito nas faixas centrais da Segunda Circular, em Lisboa, impostos no início do ano para serem feitas as obras de construção de uma ponte “pedo-ciclável” na zona de Telheiras.

Os condicionamentos de trânsito mantêm-se, apenas, na saída para o Eixo Norte-Sul.

"A estrutura da ponte encontra-se concluída e o tabuleiro central totalmente suspenso, ou seja, já sem os apoios que obrigaram a limitar a circulação nas faixas centrais da via. Neste momento, decorrem essencialmente trabalhos de acabamentos e de instalação de equipamentos de segurança e iluminação (LED), bem como o arranjo dos espaços circundantes, zonas ajardinadas e acessos. Todos estes trabalhos deverão terminar até ao final de Abril", informou Pedro Marques Pereira, porta-voz da Galp, empresa responsável pela construção.

Ainda assim, a infra-estrutura ainda não está totalmente pronta, apenas ficará concluída até ao final de Abril, dois anos depois do prazo inicialmente estimado.

Esta ponte tinha conclusão prevista para a primavera de 2012, mas o responsável recordou que as especificidades técnicas para a construção da ponte, como a impossibilidade, por motivos de segurança, da colocação de um pilar de sustentação no centro da ponte, em plena Segunda Circular, atrasou o processo.

Derrapagem no custo
A ponte tinha um custo estimado de 1,2 milhões de euros e seria construída pela Fundação Galp Energia, no âmbito de um protocolo que a entidade estabeleceu com a Câmara de Lisboa em 2009 para promover formas de mobilidade mais sustentável na cidade.

Um ano depois do prazo estimado para a conclusão da ponte, o custo das obras aumentou para 1,365 milhões e a execução do projecto passa para a Lisboagás, que só tinha disponibilidade para investir 900.000 euros. 

A  Câmara de Lisboa acabou por comparticipar a obra no valor remanescente, mediante a doação em pagamento de taxas de ocupação de subsolo devidas pela Lisboagás ao Município de Lisboa.  A comparticipação foi criticada pela oposição.