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Resgates à banca espanhola e ao Chipre recebem luz verde do Eurogrupo

27 jun, 2012 • Daniel Rosário

Chipre será sujeito a um programa de ajustamento semelhante ao de Portugal, da Grécia e da Irlanda. Já o financiamento da banca espanhola deverá ser inferior a 100 mil milhões de euros.

O Eurogrupo respondeu esta quarta-feira favoravelmente aos pedidos de ajuda financeira apresentados por Espanha e por Chipre, que se torna assim no quinto país da Zona Euro sob resgate.

Num comunicado divulgado no final de uma reunião realizada por teleconferência, os ministros das Finanças da Zona Euro saudaram a apresentação do pedido espanhol, que colocou um ponto final numa novela que se arrastava há várias semanas.

O Eurogrupo admite que as necessidades de financiamento da banca espanhola possam ser ligeiramente superiores ao montante máximo de 62 mil milhões de euros, indicado pelas auditorias encomendadas pelo Governo de Madrid, mas reafirma que o montante final será inferior aos 100 mil milhões de euros disponíveis.

Números exactos só depois de uma avaliação a levar a cabo pela “troika” com a Autoridade Bancária Europeia. Entretanto, começará a ser negociado o memorando de entendimento com as condições que Espanha terá que cumprir para aceder ao dinheiro e que envolverão uma reestruturação do sector financeiro. O acordo final poderá ser fechado a 9 de Julho.

Já Chipre acabou por solicitar a ajuda financeira externa para recapitalizar os seus bancos e financiar o próprio Estado, o que significa que o país será sujeito a um programa de ajustamento semelhante ao de Portugal, da Grécia e da Irlanda, financiado pelos mecanismos de resgate europeus e pelo Fundo Monetário Internacional, cujas contrapartidas implicarão a execução de medidas de austeridade e reformas estruturais, além da reforma do sector bancário.

Também neste caso, ainda não há qualquer indicação acerca do montante envolvido, embora nos últimos dias se tenha falado de um valor de cerca de 10 mil milhões de euros, o equivalente a metade do PIB do país.