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Militares concentram-se à porta de Passos Coelho

20 mar, 2013 • Ana Rodrigues

O primeiro-ministro vai receber uma carta, na qual as associações militares manifestam o receio de que as Forças Armadas, um pilar do Estado, estejam em causa.

Está marcada uma concentração de militares, esta tarde, frente à residência oficial do primeiro-ministro. No final, vai ser entregue uma carta de protesto a Passos Coelho, onde é pedida a intervenção do primeiro-ministro para travar a reestruturação das Forças Armadas.

Na missiva, entregue a Passos Coelho, pelos dirigentes das associações militares é manifestado o receio de que as Forças Armadas, um pilar do Estado, estejam em causa.

Além do texto referir que a equidade deve presidir aos esforços de ajustamento, fica também clara a indignação perante a actuação do ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, acusado de “esquecer” o dever de tutela. Em causa estão questões como a saúde, assistência à doença, pensões, reformas e rendimentos - áreas que provocam um profundo descontentamento.

O corte de 218 milhões de euros em dois anos, 40 milhões dos quais já em 2013, e a redução em oito mil efectivos, pode, segundo as associações desarticular das Forças Armadas. Além disso, defendem que levar os militares à falta de condições para o exercício da sua missão não é o caminho para continuar a servir o povo.

Nesta altura, consideram existir o risco de se colocar em causa a capacidade de responder a todas as exigências e compromissos com as alianças internacionais.

A concentração está marcada para as 17h30, desta quarta-feira, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento.