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Governo assegura que carta ao FMI "não tem surpresas"

05 mai, 2014

Ministra Maria Luís Albuquerque explica que o documento apenas serve para reafirmar compromissos já conhecidos dos portugueses.

Governo assegura que carta ao FMI "não tem surpresas"

A carta de intenções para o Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito da conclusão do programa da “troika", "não tem surpresas nem sustos", garante a ministra das Finanças.

Maria Luís Albuquerque, que falava esta segunda-feira, em Bruxelas, explica que serve apenas para reafirmar compromissos já conhecidos dos portugueses.

A carta, disse a governante no final de uma reunião do Eurogrupo, é "um requisito formal da parte do FMI” e “é habitual no final dos programas de ajustamento”.

“É aliás o mesmo que teve a Irlanda: há uma carta de intenções. É apenas uma carta de intenções, seguindo o padrão habitual, onde surgem um conjunto de compromissos assumidos voluntariamente pelo Governo português, mas que são aqueles que já estavam nos documentos anteriores e estão reflectidos no Documento de Estratégia Orçamental (DEO)", sublinha Maria Luís Albuquerque.

A ministra assegura que o documento "não tem nada que não faça parte dos compromissos que os portugueses já conhecem".   
 
"Não há novos compromissos nem novas questões. Há uma continuidade, há um conjunto de processos que estão a seguir o seu curso, ainda a decorrer, e o Governo entendeu reafirmar que esses compromissos se mantêm presentes. Não tem surpresas nem sustos, é um documento absolutamente em linha com os compromissos que já tinham sido assumidos pelo Governo português", reforçou.
 
O PS exigiu, esta segunda-feira, que o Governo esclareça até 25 deste mês, "com transparência", quais as condições detalhadas que está a negociar com a ´troika' após o fim do actual programa de assistência.