Devagar, devagarinho, enquanto crescem as incertezas em torno da Grécia e do próprio futuro da moeda única e os investidores se retraem e fogem da Europa.
A chanceler Merkel tem dito que a resolução da crise das dívidas soberanas na Zona Euro é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. De facto, esta estratégia tem sido seguida.
Por exemplo, após a última reunião do BCE, o governador Draghi anunciou que iriam ser estudadas eventuais compras de dívida de alguns países pelo banco central. Nada de imediato, portanto.
Noticiou entretanto o “Der Spiegel” que o BCE estaria a ponderar limites nas taxas de juro de algumas dívidas soberanas (de Espanha e da Itália, nomeadamente), a partir dos quais interviria no mercado.
Ontem, o BCE desmentiu essa notícia, afirmando que nada havia ainda sido discutido no Conselho de Governadores sobre os moldes dessas possíveis intervenções. Entretanto, o Bundesbank manifestou, uma vez mais, a sua oposição à compra de dívida pelo BCE.
Ou seja, tudo anda devagar na Zona Euro, quando anda. Entretanto, crescem as incertezas em torno da Grécia e do próprio futuro da moeda única.
Nesse quadro, os investidores retraem-se e fogem da Europa. A maratona arrisca-se a não chegar ao fim.