D. José Saraiva Martins considera que crise é “sobretudo ética e moral"

22 ago, 2012 • Domingos Pinto

Cardeal português não esconde a sua preocupação, mas também fala de esperança e apela aos portugueses para que não sejam pessimistas.

D. José Saraiva Martins considera que crise é “sobretudo ética e moral"

Mais do que razões económicas e financeiras a culpa da crise passa pela falta de valores éticos e morais. É assim que o cardeal português D. José Saraiva Martins olha para crise que afecta o nosso país e o resto do mundo. 

O antigo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos preside na Catedral de Bragança à principal missa evocativa da padroeira da cidade, Nossa Senhora das Graças.

Á Renascença D. José Saraiva Martins diz acreditar na superação da crise. “Em primeiro lugar, a crise económica não é só uma crise portuguesa, é europeia. Acho que não é uma crise apenas económica mas sobretudo de cariz ético e moral. O Papa muitas vezes lembrou isto.”

“Não será a economia a resolver o problema. Será a consideração e outros valores que ajudarão a resolver o problema”, disse.

D. José Saraiva Martins não esconde a sua preocupação, mas também fala de esperança e deixa um apelo aos portugueses. “Não devemos ser pessimistas. Não é só o Governo que vai resolver a crise, é todo o povo português. Acho que o povo português está a reagir com bastante responsabilidade.”

Já sobre a actualidade internacional, o cardeal português mostra-se preocupado com a situação na Síria.

“É uma situação bastante dramática. O mundo não pode ignorar e ajudar a resolver. Certamente as armas químicas são detestáveis, está em jogo a vida de muitos seres humanas. Todas e quaisquer armas têm de ser suprimidas, a vida humana é o que de mais sagrado existe”, finalizou o Cardeal.

O apelo do Cardeal D. José Saraiva Martins, que espera da comunidade internacional uma posição firme em relação à situação na Síria.