Portugueses nas Filipinas terão escapado ao tufão. Nova ameaça no horizonte

12 nov, 2013

Os números provisórios apontam para 10 mil mortos só na cidade de Tacloban, uma das mais atingidas. Alerta de novo tufão está a impedir a chegada da ajuda humanitária.

Portugueses nas Filipinas terão escapado ao tufão. Nova ameaça no horizonte
O cônsul honorário de Portugal em Cebu, nas Filipinas, afirma não ter qualquer informação sobre portugueses afectados.

“Até agora, não recebi qualquer informação de cidadãos portugueses que estejam desaparecidos ou retidos na zona mais afectada pelo tufão. Pedi à polícia informações e não recebi indicações sobre cidadãos portugueses”, garante Samuel Chioson à Renascença.

O tufão “Haiyan” terá provocado a morte de mais de 10 mil pessoas na região central das Filipinas. O estado de calamidade foi declarado no país e a comunidade internacional mobilizou-se para ajudar.

Entre as organizações de ajuda humanitária que se deslocaram para as Filipinas está a portuguesa AMI, mas o alerta de um novo tufão está a impedir a sua chegada a uma das zonas mais afectadas: a ilha de Leyté.

A Renascença falou com Tiago Swart, da equipa da AMI, segundo o qual os barcos com o apoio às populações atingidas estão parados.

“Estamos todos no porto, com mais dezenas de organizações que pretendem chegar à ilha. Aguardamos instruções para o barco prosseguir até à ilha mais afectada”, revela.

De acordo com as informações mais recentes, há mais de 660 mil desalojados, número que supera, por exemplo, o de toda a população da cidade de Lisboa. Alimentos e medicamentos estão em falta

Por isso, a primeira tarefa da AMI ao chegar ao destino é avaliar as necessidades da população. “É uma missão exploratória” para já, para perceber onde é que se pode intervir e “depois vir a equipa preparada para todos os procedimentos médicos”, explica Tiago Swart.

Além das organizações internacionais, as equipas de salvamento das Filipinas estão a enfrentar sérias dificuldades em chegar aos locais mais afectados, devido às más condições climatéricas e aos efeitos do “Haiyan”.

“As operações de socorro e de ajuda humanitária decorrem de forma lenta. O terminal do aeroporto local foi destruído e não há electricidade, por isso, os aviões e os helicópteros só podem actuar durante uma janela de 12 horas, durante o dia, entre as seis da manhã e as seis da tarde”, refere o cônsul Samuel Chioson.