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CGTP em desfile de protesto pelo aumento do salário mínimo

08 abr, 2014

"Mais Salários, Mais Contratação Colectiva, 35 Horas de Trabalho" é o lema da manifestação, que pretende exigir o cumprimento do direito de negociação colectiva na Administração Pública e o respeito pelos acordos que mantêm as 35 horas semanais.

A CGTP realiza esta terça-feira, em Lisboa, uma concentração de dirigentes, delegados e activistas sindicais junto ao Ministério do Emprego, para exigir o aumento do salário mínimo e o desbloqueio da contratação colectiva.

"Contamos ter cerca de dois mil sindicalistas no protesto, que tem como objectivo chamar a atenção do ministro do Trabalho, porque é ele o responsável pelas áreas mais sensíveis para os trabalhadores, nomeadamente a contratação colectiva, os direitos laborais e sociais, os salários e a Segurança Social", disse à agência Lusa Armando Farias, da comissão executiva da Intersindical.

Sob o lema "Mais Salários, Mais Contratação Colectiva, 35 Horas de Trabalho", o desfile sai da Praça do Saldanha em direcção à Praça de Londres, onde vai ser entregue uma resolução reivindicativa.

O objectivo é "protestar contra a política de exploração e empobrecimento do Governo do PSD/CDS-PP, reclamar uma justa distribuição da riqueza e uma nova política fiscal, exigir o aumento imediato do salário mínimo nacional para 515 euros e reclamar a revogação da legislação antilaboral, nomeadamente os bloqueios à negociação colectiva".

Além disso, "vamos ainda lutar contra a intenção do Governo de passar os cortes de provisórios a definitivos, exigindo a reposição dos salários, subsídios e pensões roubados aos trabalhadores, reformados e pensionistas, rejeitar a aplicação de mais cortes e nova revisão de legislação laboral para aumentar ainda mais a exploração de todos os trabalhadores, do sector privado, público e empresarial do Estado", acrescenta Armando Farias.

A defesa das funções sociais do Estado e os serviços públicos, a melhoria da protecção social aos trabalhadores, aos desempregados e às famílias, o cumprimento da Constituição da República e a demissão do Governo são outros dos motivos que levaram à marcação da manifestação.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, fará uma intervenção político-sindical junto ao Ministério do Trabalho.