22 mar, 2016 - 15:01
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sublinhou, no seu discurso de despedida de Cuba, aquilo que os dois povos têm em comum, mas também as diferenças que os separam e fez, em espanhol, um apelo arrebatado, declarando que "o futuro de Cuba tem de estar nas mãos do povo cubano”.
Na conclusão da sua visita histórica a Cuba, Obama fez grandes elogios ao país sem deixar de apontar áreas em que considera que é preciso melhorar, como, por exemplo, a da liberdade de iniciativa na área económica e a do isolamento a que são sujeitos os cubanos pelo facto de não terem acesso a informação independente e à internet, por exemplo.
A comunidade cubana nos Estados Unidos foi apontada como um exemplo do melhor que a integração americana tem para oferecer ao mundo, com Obama a salientar o facto de dois filhos de cubanos se terem confrontado para obter a nomeação do partido republicano para as eleições presidenciais. “Há um monumento à capacidade de trabalho dos cubanos na América”, disse ainda Obama. “Chama-se Miami”, concretizou.
Nesta primeira visita de um Presidente americano a Cuba nos últimos 88 anos, Obama afirmou que foi enterrar “o machado da guerra fria” e estender uma mão de amizade ao povo cubano.
Depois de décadas de costas voltadas, Obama pôs fim ao embargo cubano em 2015, prometendo a abertura de relações diplomáticas e o começo de relações comerciais. O acordo entre os dois países contou com a ajuda da diplomacia do Vaticano.