Confederação de pais alerta para “erro Crato” na educação

12 set, 2013 • João Cunha

CNIPE e Confap revelam opiniões diferentes sobre o arranque do ano lectivo 2013/2014, que hoje acontece. Ministro da Educação mostra-se confiante.

Não será um caos, mas o desinvestimento na educação, mais acentuado com o actual Governo, vai afectar o arranque do ano lectivo, defende o secretário-geral da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), que se mostra preocupado.

“Alguma coisa está mal. Há um desinvestimento na educação, que na nossa opinião, é um erro ‘Crato’, para a perspectiva de futuro de um país”, afirma Rui Martins à Renascença.

Admite, por isso, estar preocupado e denúncia o que considera ser o “estado de sítio” que se vive nas escolas, provocado por alterações como “o aumento do número de alunos por turma, a antecipação da data dos exames, a distribuição de alunos do primeiro ciclo por turmas com alunos de outros níveis de escolaridade e a redução do número de operacionais”.

O elenco de situações leva a que “nenhuma pessoa no seu estado normal” possa afirmar que a escola vai começar dentro da normalidade, defende ainda.

Mas há quem o faça. É o caso do presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap), que acredita na normalidade do início do ano lectivo para a generalidade das situações.

“As escolas têm as turmas constituídas, os professores, na sua grande maioria, estariam colocados. É a informação que temos, quer dos directores, quer do próprio Ministério e, portanto, temos esperança de que decorra com a normalidade que se deseja”, justifica Jorge Ascenção.


Ministro confiante
O ano lectivo arranca esta quinta-feira e o ministro da Educação, Nuno Crato, já traçou um quadro de normalidade, mostrando-se confiante quanto ao arranque das actividades lectivas.

Um milhão e 400 mil alunos do ensino básico e secundário, de cerca de 6.300 escolas, deveriam hoje iniciar as aulas.

O Ministério da Educação espera que todos os estabelecimentos de ensino abram portas mais tardar até segunda-feira, dia 16, cumprindo o calendário oficial.