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Aumento de impostos tem dimensão "maligna", diz Aguiar-Branco

06 mai, 2014

Ministro da Defesa voltou a chamar o PS a um consenso, que classificou como "base de entendimento orçamental".

Aumento de impostos tem dimensão "maligna", diz Aguiar-Branco
O ministro da Defesa reconhece que o aumento de impostos não é o melhor caminho. A declaração foi feita, esta terça-feira, durante um debate sobre os desafios pós-troika, onde elogiou o trabalho do Governo e a força dos portugueses durante o programa de resgate. José Pedro Aguiar-Branco voltou a chamar o PS a um consenso, que classificou como base de entendimento. O debate foi organizado pela Confederação de Serviços de Portugal (CSP).

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, reconhece que o aumento de impostos não é o melhor caminho e tem até uma dimensão "maligna". A declaração foi feita, esta terça-feira, durante um debate sobre os desafios pós-troika, onde elogiou o trabalho do Governo e a força dos portugueses durante o programa de resgate.

“Quando estamos a querer, por via de aumento de impostos, estar sistematicamente a encontrar mais fonte de rendimento, seja para o que for, necessariamente ela não é uma dimensão virtuosa e não o sendo, pode ser excepcional, extraordinária ou de necessidade, mas não seguramente o melhor caminho para conseguirmos atingir a capacidade de ter financiamento”, afirmou.

Para Aguiar-Branco, a melhor maneira de assegurar financiamento é "prosseguir as reformas estruturais" para haver "capacidade para uma gestão mais eficaz, para um combate ao desperdício" e assim "libertar recursos para a economia e para as empresas", atacando "os bloqueios que impedem que as empresas assumam a sua missão de gerar riqueza e criar emprego".

Defendeu que apesar do fim do programa de resgate financeiro, "a verdade é que o ajustamento não acabou" e que "não é a supervisão" que obriga à exigência do rigor orçamental mas sim a necessidade de impedir novos riscos de bancarrota.

Durante o debate, organizado pela Confederação de Serviços de Portugal (CSP), o ministro da Defesa voltou a desafiar o PS para chegarem a um acordo: “Se não gosta da palavra 'consenso' deve ter a disponibilidade para chegarmos a uma base de entendimento orçamental para os próximos anos”.

“O meu desafio é que o Partido Socialista a compreenda o seu papel histórico nesta realidade”, concluiu.