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Países Baixos

Mais um aprendiz de Wenger. Van Persie estreia-se como treinador no Heerenveen

17 mai, 2024 - 13:24 • Inês Braga Sampaio

O antigo internacional neerlandês assinou contrato por duas temporadas. É mais um de uma longa linha de sucessores de Arsène Wenger, que inclui Luís Boa Morte e Mikel Arteta.

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Robin van Persie é o novo treinador do Heerenveen, anunciou o clube neerlandês esta sexta-feira. É a estreia do Holandês Voador como treinador principal, carreira em que segue as pisadas de outras antigas estrelas do Arsenal, como Mikel Arteta, Patrick Vieira e Thierry Henry, entre outros. Todos treinados, no clube inglês, por Arsène Wenger.

Um contrato de duas temporadas para Van Persie, de 40 anos, cujo percurso como treinador, até agora, fora inteiramente no Feyenoord: adjunto da equipa principal entre 2019/20 e 2021/22, antes de pegar nos sub-19, esta época. Agora, o salto para outro clube de relevo dos Países Baixos, para assumir, pela primeira vez, a tutela de uma equipa profissional.

É apenas mais um de vários jogadores que passaram pelas mãos de Arsène Wenger e, mais tarde, tornaram-se treinadores. Arteta, que agora treina o Arsenal, credita o francês pela carreira nos bancos.

"Fomos todos guiados, de certa forma, ou inspirados a sentir o jogo de outra forma, porque tínhamos o Arsène como treinador. Ele é que ateou o fogo em nós para sermos treinadores. Não só em mim e no Patrick [Vieira], mas em muitos outros, com a sua forma de tratar toda a gente no clube e como ele sentia o jogo", disse o espanhol em 2021, numa conferência de imprensa de antevisão de um jogo com o Crystal Palace, na altura treinado por Patrick Vieira.

São vários os nomes que Wenger terá inspirado a seguir uma carreira de caderno de notas na mão e blusão apertado até ao pescoço, de deambulações pela linha lateral, uns mais serenos, outros mais irritadiços.

O antigo internacional português Luís Boa Morte treinou os juniores do Sporting e os sub-23 do Portimonense, e foi adjunto de Maccabi Haiga, Everton e Fulham. Ficou nos "cottagers" até esta época e, recentemente, tornou-se selecionador de Guiné-Bissau.

O francês Rémi Garde venceu uma Taça e uma Supertaça em França, pelo Lyon, e foi campeão canadiano pelo Montréal Impact, mas está fora do ativo desde 2019. Paul Merson treinou o Walsall por três temporadas e, desde então, passou a comentador. Sol Campbell também passou por clubes menores, assim como, há já quase 20 anos, Steve Morrow, e Nicolas Anelka também ainda não conseguiu ter sucesso.

Nelson Vivas é adjunto de Diego Simeone no Atlético de Madrid. David Platt foi treinador do Nottingham Forest e selecionador sub-21 de Inglaterra, antes de integrar, até 2012/13, a equipa técnica do Manchester City. Oleg Luzhny foi, durante vários anos, adjunto do Dínamo de Kiev e Scott Marshall está, atualmente, no Colchester, depois de já ter ajudado no Reading e no Aston Villa, entre outros.

Patrick Vieira, que também passou por New york City e Nice, já não orienta o Crystal Palace, mas é agora treinador do Estrasburgo, da Ligue 1. Thierry Henry não teve sorte nos clubes por onde passou - Mónaco e Montréal Impact -, contudo, depois de ter sido adjunto de Roberto Martínez na seleção da Bélgica, passou, agora, a selecionador sub-21 e olímpico da França.

Giovanni van Bronckhorst, outro nome conhecido da lista, começou como adjunto no Feyenoord, antes de assumir a equipa principal. Passou, depois, pela China, para depois assumir o Rangers por duas temporadas. Esta época, está sem clube. Omer Riza é o principal adjunto de Tom Cleverley no Watford.

David Seaman, histórico defesa do Arsenal, passou por toda a formação do clube londrino até, em 2022/23, assumir o comando dos belgas do Lommel, que ainda orienta. Quem já não está no ativo é Tony Adams, que ainda teve experiências no Portsmouth, Qabala, do Azerbaijão, e, por último, Granada, em 2016/17.

Dennis Bergkamp, um dos mais famosos dos "Invencíveis" de 2003/04 - a equipa do Arsenal que venceu o campeonato sem derrotas - foi adjunto da seleção dos Países Baixos e do Ajax e do Almere. Freddie Ljungberg treinou os sub-21 do próprio Arsenal, além de ter sido técnico interino da equipa principal por dois jogos, em 2019/20, mesmo antes da entrada de Arteta.

Sylvinho já foi adjunto de Brasil e Inter de Milão, ainda orientou Lyon e Corinthians, e agora é selecionador da Albânia. Depois de ser adjunto de Celtic, Costa do Marfim e Leicester City, Kolo Touré ficou a cargo, na temporada passada, do Wigan, mas não transitou para esta.

Robin van Persie quererá seguir os passos dos ex-jogadores de Arsène Wenger que mais sucesso tiveram e evitar repetir o que Paul Seaman ou Nicolas Anelka fizeram.

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