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Bloco quer semana de quatro dias de trabalho, reposição de férias e cinco dias de licença parental

19 mai, 2024 - 18:45 • Lusa

Mariana Mortágua anunciou o projeto chamado Vida Boa e questionou: "Porque é que a vida tem de ser consumida a trabalhar para não sair do salário mínimo ou de um salário que não paga a casa?"

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A coordenadora do Bloco de Esquerda revelou este domingo que na quarta-feira o partido vai propor a implementação da semana de quatro dias de trabalho, a reposição das férias cortadas durante a "troika" e, mais cinco dias de licença parental.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, que falava durante um almoço com militantes, em Viana do Castelo, disse que o projeto, designado Vida Boa, vai ser debatido, no âmbito de um agendamento potestativo marcado para quarta-feira.

"Quem ama um país, quer o bem do seu povo, sem olhar a quem. É essa visão de país que o Bloco de Esquerda não abdica. Porque é que não podemos trabalhar quatro dias por semana, para termos tempo para os filhos, para o lazer? (...) Porque é que a vida tem de ser consumida a trabalhar para não sair do salário mínimo ou de um salário que não paga a casa", questionou.

Para Mariana Mortágua, "vida boa é garantir a reposição das férias tiradas pela "troika". Vida boa é garantir a quem tem filhos mais cinco dias de licença, sem nenhuma justificação".

"Sabemos que termos filhos a cargo significa mais tempo que tem de ser dedicado à família e, não cabe às mulheres essa responsabilidade, sempre. Cabe a todos, cabe à sociedade", sublinhou.

Para Mariana Mortágua, "nos primeiros 30 dias do Governo de Montenegro, as promessas feitas durante a campanha eleitoral esfumaram-se porque não existem". .

"Vimos uma campanha eleitoral em que o PSD falava dos baixos salários, sobre os serviços públicos que não funcionavam, a habitação que era só para alguns, sobre a emigração dos jovens que não tinham condições para ficar em Portugal. Uma campanha em que o PSD fez promessas eleitorais, prometeu aos funcionários públicos carreiras e salários, às forças de segurança, médicos, enfermeiros, oficiais de justiça, prometeu um choque fiscal ao país contra o esbulho que supostamente existia no IRS. Prometeu libertar a máquina do Estado das amarras partidárias. São promessas que sobrevivem ao plano que o Governo tem para o país", referiu.

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  • Anastácio José Marti
    20 mai, 2024 Lisboa 07:47
    Quando será que a Coordenadora do BE, assim como o PCP, etc, se dignam algo de responsável assumirem, finalmente, para que volte a ser pago aos funcionários públicos os Subsídios de Férias e de Natal por inteiro, deixando de fazer incidir sobre os mesmos os imorais, injustos e intelectualmente desonestos descontos para a CGA, ADSE, IRS, etc, o que acontece há 11 anos, desde que a Troika cá entrou, mas que 11 anos após a saída da mesma Troika, tais Subsídios continuam a não serem pagos por inteiro a quem a eles tem legítimo direito? Será sendo cúmplice e conivente durante todo este tempo com esta desonestidade intelectual que algum dia se prova defender quem trabalha? Para quando se ouvirá uma palavra que seja destes partidos da oposição para com os homicídios profissionais cometidos pelo Estado para com os seus trabalhadores DEFICIENTES, que continuam a ser impedidos de ingressarem na carreira de Técnico Superior, apesar de reunirem todos os requisitos legais para o fazerem? Será vendo, ouvindo e nada assumindo nesta vergonha nacional que se prova defender quem trabalha nalgum canto do mundo, mesmo que esse canto seja um país que subscreveu a Declaração Universal dos Direitos Humanos que Portugal nunca respeitou como estes tristes e vergonhosos exemplos disso são prova?

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