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​Faixa de Gaza

Ataque israelita que matou trabalhadores humanitários "não foi um azar"

03 abr, 2024 - 19:17 • Ricardo Vieira, com Reuters

Chef espanhol José Andrés, fundador da World Central Kitchen, garante que a organização não-governamental estava coordenada com as forças de Israel.

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O ataque israelita que matou sete trabalhadores humanitários na Faixa de Gaza “não foi um azar”, afirma o chef José Andrés, fundador da organização não-governamental World Central Kitchen (WCK).

Em declarações à agência Reuters, o conhecido cozinheiro espanhol acusa os militares de Israel de, na noite da tragédia, terem visado “sistematicamente, carro a carro”, a caravana onde seguiam os trabalhadores humanitários.

“Não foi uma situação de azar: ‘oops, largamos uma bomba no local errado”, acusa José Andrés, segundo o qual Israel conhecia as movimentações dos elementos da World Central Kitchen.

“Mesmo que não estivéssemos coordenados com eles [Forças de Defesa de Israel], nenhum país democrático e nenhum militar pode atacar civis e trabalhadores humanitários”, afirma o fundador da WCK.

José Andrés só não estava na Faixa de Gaza na altura do ataque, com a sua equipa, porque adiou a deslocação ao território palestiniano controlado pelo Hamas.

Os elementos da WCK foram atacados pelas forças israelitas pouco depois de terem supervisionado a descarga de 100 toneladas de alimentos que chegaram a Gaza por via marítima.

As forças armadas de Israel lá manifestaram “enorme tristeza” pelo incidente que o primeiro-ministro Netanyahu considerou não intencional.

As Nações Unidas anunciaram esta quarta-feira a suspensão dos movimentos noturnos das equipas do Programa Alimentar Mundial, pelo menos, durante as próximas 48 horas, para avaliar as condições de segurança.

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