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PSD retira candidatura de Aguiar-Branco a presidente do Parlamento

26 mar, 2024 - 18:03 • Ricardo Vieira

O líder parlamentar do PSD acusa PS e Chega de fazerem uma primeira "coligação negativa" na Assembleia da República.

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O PSD retirou esta terça-feira a candidatura do deputado José Pedro Aguiar-Branco a presidente da Assembleia da República.

A decisão foi anunciada pelo líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento, no hemiciclo do Parlamento, após o nome de Aguiar-Branco ter sido chumbado numa primeira votação.

"O PSD foi informado que PS e Chega não mudam o sentido de voto, o que inviabiliza a eleição. Nesse sentido nós retiramos a candidatura de Aguiar-Branco."

O líder parlamentar do PSD acusa PS e Chega de fazerem uma "coligação negativa" contra o candidato social-democrata.

"Assistimos à primeira coligação negativa desta legislatura entre o PS e Chega, talvez haja uma coligação positiva entre as duas forças e queiram apresentar um candidato à presidência da Assembleia da República", desafiou Joaquim Miranda Sarmento.

"Não é não", responde Ventura

Na resposta, André Ventura, do Chega, voltou a apontar o dedo ao PSD e acusa o partido de Luís Montenegro de "egocentrismo" e de ignorar os mais de um milhão de eleitores que votaram no Chega.

“Se há coisa que não pode acusar esta bancada é de ter, com humildade e responsabilidade, pedido até ao fim das suas forças que pusessem os seus egos abaixo dos problemas do país e dessem ao país o sinal que o país precisava de estabilidade. Optaram pelo contrário, por procurar coligações com o PS".

"Usando uma expressão que é vossa: Não é não", sublinhou André Ventura.

José Pedro Aguiar-Branco foi chumbado esta terça-feira pelos deputados para presidente da Assembleia da República.

O deputado do PSD conseguiu apenas 89 votos a favor e precisava de pelo menos 116. Um total de 134 parlamentares votaram em branco e houve sete nulos.

De acordo com o regimento da Assembleia da República, se nenhum dos candidatos obtiver a maioria dos votos, "procede-se imediatamente a segundo sufrágio, ao qual concorrem apenas os dois candidatos mais votados que não tenham retirado a candidatura".

"Se nenhum candidato for eleito, é reaberto o processo", sublinham as regras do Parlamento.

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