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Euro 2024

“Já ganhámos o nosso Mundial, vamos ver no que vai dar”: Makaridze está feliz com a sua Geórgia (e revela um desejo)

27 mar, 2024 - 12:45 • João Filipe Cruz

O guarda-redes do Sporting da Covilhã é internacional georgiano e, em entrevista a Bola Branca, não esconde a satisfação com a primeira grande competição do país.

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Tiblíssi deitou-se e acordou em festa. A Geórgia garantiu o primeiro grande torneio da história da seleção e os festejos estenderam-se a Portugal. Giorgi Makaridze defende as redes do Sporting da Covilhã e, em conversa com Bola Branca, não esconde a satisfação.

"Sinto-me muito orgulhoso. Nós já estamos à espera disto há anos. A esperança sempre foi muita e nunca conseguimos. Estamos todos muito contentes. Fizemos uma festa grande", reconhece o atleta que, em Portugal, representou também Marítimo, Vitória FC, Rio Ave, Moreirense e Feirense.

O guarda-redes de 33 anos vestiu a camisola da Geórgia em 17 ocasiões e recorda com mágoa a oportunidade perdida de estar no Mundial do Catar. A seleção do Cáucaso terminou a fase de grupos de apuramento em penúltimo – curiosamente atrás da Grécia –, mas já contava com a espinha dos tempos que correm

"Foi uma tristeza grande. Mas aconteceram muitas coisas, foi o ano da covid, jogámos em estádios vazios, foi diferente. Mas sabia que com esta geração íamos fazer um grande resultado. Não tinha dúvidas de que íamos conseguir estar em competições grandes", admite Makaridze.

Em estreia nestes palcos estará também Khvicha Kvaratskhelia, avançado do Nápoles e fã confesso de Cristiano Ronaldo, em quem reside a grande esperança de uma distinção individual de um jogador georgiano.

"É um grande talento. Espero que um dia ganhe a Bola de Ouro. Seria uma grande honra para os georgianos", lança Makaridze sobre o sete da Geórgia.

Portugal? "Não vou conseguir ajudar"

A Geórgia vai agora encontrar Portugal no Grupo F do Euro 2024. O "segundo país" de Giorgi Makaridze, que ainda tem esperança de figurar entre o lote que vai ficar gravado na história do futebol georgiano.

"É o país onde passei mais tempo depois da Geórgia. Tenho 7 anos de Portugal e sinto-o como o meu segundo país. Vai ser um dia especial. Se não for convocado – porque ainda tenho a esperança de ser –, vou estar na Alemanha para ver o jogo", garante.

E sobre o papel de um agente infiltrado ao serviço do país em que nasceu, o guarda-redes descalça essas luvas. "O nosso treinador não precisa dos meus conselhos. Ele sabe melhor que eu como joga Portugal. Eu não vou conseguir ajudar com isso".

A única garantia é a de que a festa não pára. Os georgianos vão para a Alemanha sem a responsabilidade dos que estão habituados a grandes palcos, mas com a esperança de quem chega.

"O nosso Mundial foi ontem e ganhámos. Agora estamos tranquilos e vamos ver no que vai dar. É tudo possível no futebol. O mínimo está feito. Estamos sem pressão e o futebol tem surpresas", adianta Makaridze a Bola Branca.

O atleta dos leões da Serra sacode a pressão mas promete mais "uma grande festa" na Geórgia quando se cantar, pela primeira vez na história, um golo da seleção num grande torneio.

A primeira oportunidade será a 18 de junho, na primeira jornada do Grupo F. Os georgianos jogam depois com a Chéquia e terminam a fase de grupos a 26 com a seleção portuguesa, em Gelsenkirchen.

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