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Jenni Hermoso reitera em tribunal que o beijo de Rubiales não foi consentido

02 jan, 2024 - 12:54 • Redação

"Inesperado e em nenhum momento consentido", descreve a jogadora espanhola, que também se queixa de pressão "constante" para corroborar a versão do ex-presidente da RFEF.

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Jenni Hermoso reiterou perante o juiz de instrução, esta terça-feira, que o beijo de Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), após a final do Mundial 2023, não foi consentido.

Segundo informações do tribunal, a avançada espanhola reforça que o beijo foi "inesperado e em nenhum momento consentido".

Hermoso revela, ainda, que tanto no voo da Austrália para Espanha, como durante os dias de celebração em Ibiza, foi vítima de "assédio constante" para dizer que o beijo fora consentido, o que "alterou a sua vida normal, produzindo-lhe uma sensação de desassossego e tristeza".

Depoimento que corrobora os das colegas de seleção Irene Paredes, Alexia Putellas e Misa Rodríguez, que confirmaram ter havido pressões sobre Hermoso, amigos e familiares, por parte de Rubiales e outros altos cargos da RFEF, para que referissem que o beijo tinha sido consentido.

No final, à saída da Audiência Nacional, em Madrid, a jogadora do Trigres, do México, referiu que, "agora, fica tudo nas mãos da Justiça".

"Estou bem, tranquila", assegurou, em declarações aos jornalistas.

A audiência de Jenni Hermoso foi a última da fase de instrução. Agora, o juiz terá de decidir se leva o caso a julgamento. Luis Rubiales responde pelos alegados delitos de agressão sexual e coação sobre a jogadora.

Também são arguidos o ex-selecionador espanhol Jorge Vilda, o ex-diretor da equipa, Albert Luque, e o ex-diretor de marketing da RFEF, Rubén Rivera. Todos foram demitidos dos respetivos cargos.

Inicialmente, Rubiales recusou demitir-se do cargo de presidente da RFEF. No entanto, acabou por fazê-lo a 10 de setembro de 2023.

A conduta de Luis Rubiales em Sydney, captada pelas câmaras, levou à sua suspensão pela FIFA de toda a atividade relacionada com o futebol por três anos - pena da qual o ex-dirigente recorreu - e pelo Tribunal Arbitral do Desporto do futebol espanhol, pelo mesmo período.

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