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Ténis

O dia em que as abelhas deram mais trabalho a Alcaraz que um dos melhores tenistas do mundo

15 mar, 2024 - 11:10 • Inês Braga Sampaio

Carlos Alcaraz e Alexander Zverev tiveram de fugir do "court" para escapar às milhares de abelhas que decidiram que Indian Wells era o local perfeito para sorrirem para as câmaras.

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As abelhas podem ser dos animais mais importantes para os ecossistemas, mas são uma ameaça para jogos de ténis. Carlos Alcaraz e Alexander Zverev que o digam, depois de terem tido de fugir a correr do "court", em Indian Wells, devido a uma invasão de abelhas.

Jogava-se o terceiro jogo do primeiro "set" dos quartos de final do Masters norte-americano quando centenas, quiçá milhares, de abelhas começaram a sobrevoar o piso rápido. Escolheram rapidamente três alvos principais: as câmaras, o árbitro e Alcaraz.

Alcaraz, que revelou mais tarde ter medo de abelhas, começou por tentar afastá-las, no entanto, rapidamente percebeu que os insetos lhe dariam mais trabalho que Zverev. Ainda tentou esconder a cabeça dentro da t-shirt - infrutífero, dado que, segundo contou o seu agente à rádio "COPE", uma abelha conseguiu fazer tiro ao alvo da testa do tenista espanhol.

A melhor solução foi mesmo fugir a sete pés do "court". Por essa altura, já Zverev estava bem encostadinho a uma parede, esperando passar tão despercebido às abelhas como no encontro, que perdeu em menos de hora e meia, pelos parciais de 6-3 e 6-1. O árbitro, também visado pelos insetos, decidiu que o mais sensato seria interromper o duelo.

Um dos cantos das bancadas, também na linha de fogo das abelhas, foi evacuado, de forma a assegurar a segurança dos espectadores.

Outro dos principais alvos foi a "aranha", uma câmara que se move acima do "court" em cabos. Curioso, dado que, na natureza, são as aranhas (algumas espécies) que caçam e comem as abelhas e não o oposto.

O encontro esteve interrompido durante uma hora e 40 minutos, até aparecer o apicultor do torneio, que, sem fato nem máscara, e de óculos de sol, qual "Exterminador Implacável", começou a aspirar as abelhas.

O apicultor transferiu, depois, as abelhas para um recipiente, para mais tarde serem libertadas. Problema resolvido? Nem por isso.

Algumas abelhas continuaram a incomodar Alcaraz, o que obrigou ao regresso do apicultor, que foi recebido com uma ovação pelo público. Limpou o placard e abandonou o "court" por entre os adeptos, que o trataram como o seu novo ídolo, com "high-fives" e "selfies" à mistura. Afinal, apesar da eliminação de Djokovic, o número um do mundo estava mesmo em Indian Wells e nem ficámos a saber o nome dele.

O número dois, por seu lado, voltou à ação e bateu o número seis sem grandes dificuldades, como referido, para marcar duelo com o italiano Jannik Sinner, número três, nas meias-finais.

"Esta área, nesta altura do ano, pode ser um 'hotspot' para abelhas, por causa das flores. Além disso, as abelhas podem ser atraídas por ondas sonoras, sentem as vibrações e são atraídas para esses locais", explicou a organização do Indian Wells, depois do encontro, em comunicado.

Apesar de haver uma explicação lógica, o episódio foi insólito. Para Carlos Alcaraz, este foi "sem dúvida o jogo mais estranho" da carreira.

"Vi algumas abelhas, mas pensei que eram poucas. Mas depois olhei para o céu e vi milhares a voar, presas no meu cabelo, a vir ter comigo. Foi uma loucura. Tentei afastar-me delas, mas era impossível. Tenho um pouco de medo de abelhas. Tinha de me proteger e estava a correr para todos os lados", contou o espanhol, na entrevista pós-jogo.

Certo é que esta invasão - ou "bee-nvasion", como alguns já lhe chamaram, aproveitando que, em inglês, "bee" é abelha e "invasion" é invasão - deu material para notícias e, claro, alguns "memes".

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