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Câmara de Lisboa

“Inqualificável e condenável”. Moedas “chocado” com agressão a criança nepalesa

14 mai, 2024 - 20:41 • Filipa Ribeiro

Presidente da Câmara de Lisboa diz ser “chocante” o episódio de agressão alegadamente racista contra uma criança. Autarca de Lisboa insiste em reforço da política de imigração.

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Presidente da Câmara Municipal de Lisboa considera que é uma “situação inqualificável e condenável” a notícia da Renascença que dá conta de uma agressão alegadamente racista contra uma criança de nove anos do senegal, numa escola de Lisboa. Em declarações à Renascença, Carlos Moedas diz ter ficado “completamente chocado”. O autarca diz que a cidade de Lisboa é “aberta”, sublinha que 20% da população na cidade é estrangeira e que “todos devem ser tratados por igual”. Na opinião do autarca o facto de ser uma agressão contra uma criança “é ainda mais chocante”.

De acordo com a informação já recolhida, o Presidente do munícipio diz que a escola onde terá acontecido o episódio não é do âmbito da Câmara Municipal, ainda assim Carlos Moedas diz que é um episódio que acontece em Lisboa e que “atitudes alegadamente racistas e insultos racistas não podem acontecer”.

Carlos Moedas compromete-se a fazer o que estiver a seu alcance para evitar mais episódios, numa altura em que há um aumento de atitudes regressistas. À Renascença, o autarca diz não ter percepção de um aumento de episódios racistas na cidade, à semelhança do que tem acontecido no Porto.

Carlos Moedas diz ter já demonstrado solidariedade em relação ao que aconteceu na cidade invicta. “Nós temos que saber recebê-los”, diz o presidente da Câmara de Lisboa que sublinha a necessidade de políticas de integração e imigração “para se saber e poder receber as pessoas”.

“Não houve políticas durante muitos anos, ou seja, não há uma verdadeira política de imigração neste momento”, afirma Carlos Moedas que reforça já ter falado com o novo governo. “Sei que estão a ser tomadas medidas para que realmente possamos mudar o paradigma de um país onde não havia uma política.

A ministra da Administração Interna garantiu esta terça feira que vai pedir um aumento de polícias junto às escolas, Carlos Moedas reforça que também já tinha pedido maior visibilidade da polícia nas grandes cidades como Porto e Lisboa.

Sobre o facto de este ter sido um episódio de racismo entre crianças o autarca sublinha a importância da informação e educação. “Na Câmara Municipal de Lisboa trabalhamos com um plano muito importante contra o racismo e que trata também da parte educacional, para falar com as crianças e explicar o porquê do racismo ser um crime”, diz.

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  • Anastácio José Marti
    15 mai, 2024 Lisboa 08:37
    Estranho, ou talvez não, este sentimento dúbio deste político, pois se se sente chocado com a agressão da criança albanesa, como todos os humanos o deverão estar, porque será que não se sente igualmente chocado com o facto de a sua empresa municipal Gebalis, ter mandado para os sem abrigo, retirando a casa que fora atribuída a um idoso de 67 anos, completamente só no mundo e após o regresso à liberdade do mesmo, impedindo-o, inclusivamente, de usufruir de tudo o que deixou no interior da habitação quando foi detido. É esta a formação humana deste politico e dos que como ele, na referida empresa municipal, apenas e só usam os cidadãos em vez de os servirem e apoiarem, como deveria ser o caso aqui descrito? Será assim, com estas práticas, que o país respeita e faz respeitar a Declaração Universal dos Direitos Humanos que nunca respeitou como mais este triste mas real exemplo é disso prova?

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