15 ago, 2013 - 21:54
O mais recente balanço oficial dos confrontos dos últimos dias no Egipto confirma pelo menos 638 mortos e 3.994 feridos.
De acordo com o Ministério da Saúde, 288 pessoas perderam a vida na operação que a polícia realizou quarta-feira, no Cairo, para desmantelar dois acampamentos de apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi.
As restantes vítimas mortais aconteceram nos confrontos registados noutras cidades do Egipto.
A Irmandade Muçulmana, o partido de Mohamed Morsi, contesta os dados do governo e fala em mais de dois mil mortos entre os seus apoiantes.
Estes são os confrontos mais graves no Egipto desde a chamada Primavera Árabe, em 2011, que resultou na queda do presidente Hosni Mubarak e namorte de 570 pessoas.
As autoridades egípcias implementaram o recolher obrigatório entre as 23h00 e as 6h00 da manhã, hora local, que se aplica ao Cairo e a outras 13 cidades.
O governo interino egípcio reforçou as ordens para que sejam protegidos os edifícios do governo, se necessário com o recurso a munições reais. Na origem desta decisão pode estar o ataque a um edifício governamental, que foi incendiado esta quinta-feira.
O conselho de segurança das Nações Unidas vai reunir-se esta quinta-feira para discutir a situação no Egipto.